O juiz da 5ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, Jefferson Schneider, negou absolvição sumária ao ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva (PMDB) e ao proprietário da construtora Planservi, Osvaldo Alves Cabral, ambos acusados de envolvimento nos crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro investigados pela Operação Ararath.
Com o recebimento da denúncia, proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), os acusados foram citados a responder às acusações por escrito, momento em que, diante da defesa apresentada, o juiz pode declarar a absolvição sumária caso encontre elementos que os isentem dos fatos dos quais são acusados.
Ao analisar as respostas apresentadas pelos acusados, o magistrado entendeu que não havia requisitos suficientes para absolvê-los, ou seja, elementos factíveis que os isentem de culpa ou afaste a hipótese de prática criminosa.
Desta forma, Julier, que já é tido como pré-candidato à prefeitura de Cuiabá pelos membros de seu partido, deverá responder normalmente ao processo que tramita na JFMT. Durante esta semana, sua defesa deve apresentar as testemunhas que poderão ser arroladas para esclarecer os fatos.
Quando deflagrada a operação Ararath, em novembro de 2013, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e gabinete de Julier. Os fatos continuam sob investigação do Ministério Público Federal (MPF), que já apresentou uma série de denúncias, desde então, e por meio de inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).