O governador Pedro Taques (PDT) rechaçou os rumores de que a relação de seu governo com a Assembleia Legislativa não estaria satisfatória e que alguns deputados defenderiam a necessidade de mais diálogo entre Executivo e Legislativo.
“Jantei com 21 dos 24 deputados na última quarta-feira. O único que fez referência a isso foi o Emanuel Pinheiro (PR). Eu não vou bater boca ou tratar de fuxico e mexerico. Nós temos um líder lá e não preciso apresentar toda ação que o governo vai adotar, assim como eles não precisam me pedir para apresentar um projeto de lei”, afirmou Taques em entrevista a uma rádio da Capital na última sexta-feira (26).
O governador pontuou que não vai “administrar mato Grosso como no passado”. Sustentou a necessidade de que Assembleia e o Paiaguás dialoguem, mas respeitando a independência entre os Poderes. “Não senti isso [as críticas à relação] neste jantar, nem durante os seis meses de governo. Já recebi todos os 24 deputados estaduais no Palácio mais de uma vez”, afirmou.
Principal voz da oposição no Parlamento, embora se intitule como um “deputado independente”, Emanuel Pinheiro, por sua vez, repetindo em seus discursos a afirmação de que o governador precisa “saber ouvir” a Assembleia.
A queixa tem se dado, em especial, quanto à tramitação de projetos de lei que recebem emendas parlamentares. Isso porque poucas delas estariam sendo aproveitadas pelo Executivo. Das que passam em votação na Assembleia, algumas ainda são vetadas quando da sanção dos projetos.
Outros dois deputados que também se posicionado como oposição ao governo, Zeca Viana (PDT) e Janaína Riva (PSD), não compareceram ao jantar citado por Taques.