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Conselheiro defende TCE de acusações após aprovação de contas de Silval

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A postura do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que discursando em nome da liderança do governo Pedro Taques (PDT) na Assembleia Legislativa, acusou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de aprovar “um conjunto de escândalos e absurdos”, quando do parecer favorável às contas de 2014 do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), gerou reação do conselheiro Antônio Joaquim, relator do processo em questão.

“Esse parecer se refere à gestão macro do governo. Como foi dito durante o julgamento, não se discutiu escândalos, não se discutiu contratos e qualidade de obras, nem se houve ou não corrupção. Não reconhecer isso é desonestidade intelectual, má-fé ou puro analfabetismo político”, afirmou o conselheiro.

Rebatendo o discurso de Wilson durante a sessão plenária desta quarta-feira (17), em que o tucano defendeu que a Assembleia desconsidere a recomendação do Tribunal e reprove as contas do último ano de gestão do peemedebista, Antônio Joaquim pontuou que a decisão da Corte foi embasada em um relatório elaborado por mais de uma dezena de auditores concursados e preparados para o trabalho que desenvolveram.

Assim como pontuou durante o julgamento realizado na última terça-feira (16), o conselheiro ainda voltou a explicar a diferença entre as contas de governo, apreciadas nesta ocasião, e as de gestão, que ainda passarão pelo crivo da Corte. Pontuou que, por enquanto, o Tribunal se ateve à verificação do cumprimento da lei quanto a investimentos em saúde, educação e outros setores e que o fato de o parecer ter sido favorável não significa que o TCE se manifestará da mesma forma no próximo processo, que vai analisar mais detalhadamente o investimento do dinheiro público pelo ex-governador.

“E o deputado Wilson Santos sabe muito bem disso, porque quando foi prefeito de Cuiabá recebeu parecer pela aprovação de suas contas de governo, o que não impediu o TCE de, mais tarde, identificar as falcatruas da obra do Rodoanel. Hoje ele tem os bens bloqueados por conta disso, então não tem autoridade moral para desqualificar o trabalho dos auditores”, rechaçou.

Wilson, por sua vez, sustenta que defenderá, dentro da Assembleia Legislativa, os apontamentos feitos pelo Ministério Público de Contas (MPC), que opinou pela reprovação das contas de governo de Silval, destacando 17 irregularidades, sendo quase todas classificadas como graves e uma como gravíssima. O tucano considera, até mesmo, a realização de audiências públicas para expor o entendimento do atual governo quanto aos dados do último ano da gestão Silval à sociedade.

“Nas últimas semanas de 2014, é de conhecimento público que o senhor então governador Silval Barbosa, junto com outros, deu plantão na Secretaria de Estado de Fazenda para definir o que pagava e para quem pagava e o que roubava. Todo esse conjunto de escândalos e absurdos, infelizmente, foi aprovado pelo Tribunal de Contas. Cabe a nós votarmos contra e darmos uma resposta séria, ética e corajosa ao encontro do que a sociedade exige”, defendeu em plenário.

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