O promotor Roberto Aparecido Turin pediu à Assembleia Legislativa a realização de uma auditoria nos gastos feitos nos anos de 2010 a 2014, listados como suprimentos de fundos. Há a suspeita de que milhões tenham sido usados indevidamente pela presidência do Legislativo, utilizando-se desta verba.
O caso veio à tona nesta terça-feira (9), com o depoimento da Cleonice Bernardete Kovel Adams, viúva do ex-secretário-geral da Assembleia, Edemar Adams, falecido em 2010, em processo que apura o desvio de R$ 62 milhões dos cofres públicos por meio de licitações fraudulentas.
A verba de suprimento de fundos, no valor de R$ 4 mil, é destinada mensalmente aos servidores dos gabinetes, para a realização de pagamentos por compras em geral e custeio de outras despesas. Cleonice, que prestava depoimento sobre o processo decorrente da operação Imperador, revelou que esteve com o promotor para prestar esclarecimentos sobre outra investigação, no caso a que trata desta verba.
Com o pedido, o presidente da Assembleia, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), tem prazo de dez dias para responder se realizará ou não o procedimento. Além disso, deverá responder se no período em que foram repassadas tais verbas houve alguma licitação para a compra de material de expediente, que em tese deveria ser pago com este dinheiro. Turin também quer saber qual o valor total destinado a cada gabinete nos 5 anos que serão auditados.