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Auditoria aponta falha durante administração de Walace Guimarães em VG

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Pelo menos R$ 16,8 milhões em processos diversos da Prefeitura de Várzea Grande teriam recebido ordem de pagamento por parte do ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), sem que houvesse previsão de recursos em caixa. Os números fariam parte da auditoria instituída pela equipe de transição da prefeita Lucimar Campos (DEM), que assumiu o comando do município no fim da semana passada.

Entre os documentos já analisados, constaria ainda uma ordem de pagamento de mais de R$ 1 milhão sem que houvesse qualquer licitação ou empenho para justificar o valor. Os contratos, oriundos da secretaria municipal de Saúde, estariam na lista dos que devem ser anulados pela democrata. Nestes três dias de mandato, a prefeita também já estaria pronta para anular e pedir uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE) sobre atos assinados pelo ex-defensor público Charles Caetano Rosa, que foi nomeado secretário de Desenvolvimento Urbano, Econômico e Turismo do município no período de 24 horas em que o presidente da Câmara, o vereador Jânio Calistro (PMDB), ocupou o cargo de chefe do Executivo.

Cassado do cargo, Walace, por sua vez, afirma estar tranquilo quanto à proposta da democrata de realizar auditorias nas contas do Paço Couto Magalhães. Lucimar pediu ajuda ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para dar início aos trabalhos. “O TCE pode entrar na prefeitura e, se fizer uma auditoria bem feita, ainda vai descobrir barbaridades que eles próprios [família Campos] fizeram”, afirmou o peemedebista, ressaltando ter assumido o comando do município com dívidas acumuladas há 30 anos, o que incluiria a gestão do hoje senador Jayme Campos (DEM), marido de Lucimar, como prefeito.

Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (13), o ex-prefeito afirmou que, durante os quase dois anos e meio que ocupou o cargo de chefe do Executivo, negociou cerca de R$ 430 milhões em débitos de gestões passadas. O valor incluiria dívidas com a previdência, com o INSS, precatórios, contas de energia e até mesmo salários e direitos trabalhistas atrasados de servidores.

“Essas dívidas praticamente tiraram minha oportunidade de fazer uma boa gestão. Só em 2013 tive que pagar R$ 19 milhões em restos a pagar para poder começar a administrar, porque os fornecedores não queriam mais atender o município. Agora, depois de todas essas conquistas, eu saio da prefeitura e entra o ‘salvador da pátria’”, reclamou, em referência ao trabalho que, segundo ele, colocou “ordem na casa”.

Ainda de acordo com ele, pelo menos R$ 2 milhões são dispensados mensalmente em Várzea Grande somente para o pagamento dos débitos parcelados após a articulação dessas negociações, o que teria colocado as contas do município em dia, mas comprometido a capacidade de investimentos da prefeitura, tendo em que vista que restariam pouco mais de R$ 1 milhão ao mês para este fim. O ex-prefeito avaliou ter sido a falta de recursos para resolver problemas como os de pavimentação do município e os enfrentados no setor da saúde o que acabou desgastando sua imagem. “Mas a saúde desgasta qualquer um. Vai desgastar eles também”.

Walace sustenta, no entanto, ter deixado cerca de R$ 55 milhões nos cofres do município, entre recursos para a saúde, educação, de convênios e de arrecadação própria. Explicou ainda que não haver mais dinheiro em caixa por ter realizado o pagamento da folha salarial dos servidores na última terça-feira (5).

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