O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, afirmou, hoje, que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) deverá retomar o controle sobre as obras de reforma e ampliação do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. A informação foi dada ao responder questionamentos formulados pelos senadores Wellington Fagundes e Blairo Maggi (ambos PR), durante audiência pública conjunta das Comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional e Turismo.
Padilha disse que já sugeriu ao governador Pedro Taques e também à Infraero que seja assinado um distrato do convênio firmado para a realização das obras, que, neste momento, encontram-se paralisadas. A sugestão foi encaminhada há mais de 60 dias. Segundo o ministro, faltam apenas R$ 30 milhões para que o projeto previsto seja concluído e o Aeroporto Marechal Rondon “deixe de ser uma estação rodoviária e passe a ser o aeroporto que sonhamos”.
Com as reformas que se sucedem há pelo menos 15 anos, o Aeroporto Marechal Rondon deverá receber um novo terminal de passageiros, com quatro pontes de embarque e novas salas de embarque e desembarque. Com essas instalações o terminal ficará, segundo o ministro, “três vezes maior do que é hoje”.
Durante a audiência, o senador Wellington lembrou que há empresas interessadas na concessão do terminal aeroportuário, mas que existe necessidade da questão do controle das obras ser desentravada. De acordo com o senador, “a situação é muito vexatória”. “A forma em que se encontra o Aeroporto Marechal Rondon nos causa vergonha, a própria pesquisa realizada pela Secretaria de Aviação Regional aponta o terminal como o pior do país”.
Com área de 700 hectares, o aeroporto tem grande movimento. Por ele passam cerca de cinco milhões de passageiros por ano – tendo o Estado tanto como destino de lazer quanto de negócios. De acordo com a pesquisa, no primeiro trimestre deste ano os passageiros apontaram como os principais problemas do terminal: a qualidade da internet e do sinal do wi-fi, o valor dos produtos de lanchonetes e restaurantes, a qualidade e a quantidade dos estabelecimentos comerciais – bem como o valor dos produtos comerciais – e o custo do estacionamento. Também foram mal avaliados o custo do estacionamento e os serviços de conforto acústico e sala de embarque do aeroporto.