O escritório de advocacia Dias Lessa Advogados ingressou na Justiça para cobrar cerca de R$ 200 mil em honorários, que não teriam sido pagos pelo ex-secretário Eder Moraes e a esposa dele, Laura Teresa da Costa Dias. A empresa defendeu, por alguns meses, o casal durante as investigações da operação Ararath.
Conforme despacho da juíza Olinda de Quadros Altomare Castrillon, que julga a ação de cobrança, o escritório tem dez dias para apresentar os documentos que comprovem a existência da dívida. “O valor real da causa é de R$ 202.180,97 (petição inicial), devendo ser pago o valor de 1% sobre a causa, para o preparo total (custas e taxa) conforme provimento 41/2013-CGJ, tabela B – Custas na Primeira Instância”.
Os advogados do escritório, o ex-presidente do Tribunal de Justiça, Paulo Lessa, e o filho dele, Fábio Lessa, atuaram na defesa de Eder em maio do ano passado, quando o ex-secretário foi preso, na quinta fase da Ararath. Eder permaneceu detido por 81 dias e teve a liberdade concedida após o trabalho dos defensores.
Paulo e Fábio participaram também de audiência de instrução de um dos processos em que o ex-secretário é réu, desdobramentos da ação da Polícia Federal. Após as audiências, Eder não teria mais atendido as ligações dos advogados.
Em 14 de agosto, o ex-secretário compareceu à Justiça Federal ao lado do advogado Ronan de Oliveira, que informou que o escritório de Lessa não atuaria mais na defesa de Eder.
Atualmente, Moraes está preso há 29 dias no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). A nova prisão foi embasada na denúncia de envolvimento em práticas que violariam a decisão judicial que lhe concedeu liberdade provisória como a realização de operações imobiliárias com valores inferiores aos praticados no mercado e a aquisição de veículos de alto padrão, em nome de “laranjas”, com o intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro/arresto de bens.