A câmara de vereadores aprovou, ontem à noite, um projeto de reposição salarial para os profissionais da educação, entretanto, a greve, que já dura 30 dias em Matupá (220 quilômetros de Sinop) deve continuar. As informações foram confirmadas, ao Só Notícias, pela presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Regielma Dentes Nascimento. “A proposta era reajustar o salário dos professores em 8% e os demais profissionais em 9%. Não é o que estamos pedindo e a paralisação segue”.
De acordo com Regielma, a reivindicação é a criação de um Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) que equipare o salário de todos os profissionais da educação no município, com valor base no piso nacional, atualmente em R$ 1,9 mil. “Nosso plano foi quebrado em 2012, pois hoje existe um salário mínimo para os funcionários do apoio e técnicos, e outro para o ensino médio. Isso fere a isonomia salarial porque existem três reajustes diferenciados para a mesma categoria”.
Atualmente, 89% dos profissionais da educação do município estão de braços cruzados. Ontem, mais uma escola rural aderiu ao movimento. No total, a rede municipal tem 1,6 mil alunos, porém, não confirmação de quantos estão sem aulas. Das duas creches do município, uma está totalmente fechada, e a outra, que tem 18 turmas, trabalha, no momento, apenas com 4.
Conforme Só Notícias já informou, os profissionais cobram a reposição de 13,01% referente ao piso salarial nacional e criação do Plano de Cargos e Carreiras da Educação (PCCS), que, segundo a categoria, deveria ter sido feito em 2012.
O prefeito informou que não tem como conceder o reajuste agora e pediu um tempo até maio, data base da reposição dos servidores. Ele declarou que a folha salarial já está com 54% da receita, no limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e ficará muito acima do limite prudencial se atender a categoria agora.