O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reuniu-se hoje, em Brasília, prefeitos da Associação dos Municípios do Araguaia (AMA) que cobraram maior oferta de energia e relataram apagões que algumas cidades tiveram, recentemente. Eles expuseram que, só em 2013, a demanda reprimida por atendimento do programa Luz para Todos totalizou 7.129 domicílios. A associação também apresentou perspectiva de consumo para os próximos anos.
A demanda reprimida é de aproximadamente 37 MW, entre 2015 e 2018, sendo que, a única solução emergencial viável seria a instalação de uma ou duas unidades geradoras térmicas nas proximidades das subestações de Querência ou Vila Rica 138 kV, cobraram os gestores. Entre as soluções emergenciais solicitadas, está a instalação de uma unidade geradora térmica de 20 MW. O presidente da Energisa Mato Grosso, Wilson Couto, comunicou que o projeto de suprimento energético entrou em leilão duas vezes em 2014, mas não houve interessados ofertantes.
O ministro comunicou que se reunirá com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e compromete-se em apresentar as demandas emergenciais da região. “Vamos falar com o pessoal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para ajustarem o preço desses leilões, ou as licitações ficarão dando vazio. O que vamos fazer agora é tentar uma solução emergencial, aprovada pelo CMSE”, disse o ministro.
Os prefeitos apresentaram o mapa de desenvolvimento da região que, “não pode ser freada por falta de qualidade na distribuição de energia elétrica. "Um bem essencial tanto à sociedade quanto às atividades econômicas e industriais do estado. Ademais, as quedas no fornecimento de energia são constantes”, relatou o prefeito de Querência, Gilmar Reinoldo Wentz.
A audiência foi no gabinete do senador Blairo Maggi.