Presidente do diretório estadual do PTB, o ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, inicia a partir de hoje (31) as tratativas com o DEM para a discussão do projeto de fusão das siglas. O petebista deve procurar o ex-senador Jayme Campos (DEM) para realizar, durante esta semana, as primeiras conversas no sentido de unir as duas siglas. Segundo o ex-prefeito, nacionalmente, já há um entendimento pela fusão dos partidos, no entanto, para avançar nas tratativas, as executivas aguardam um posicionamento do Congresso Nacional acerca dos projetos em tramitação que podem modificar as regras para a criação de novos partidos com efeitos, já para o próximo pleito.
De acordo com Galindo, aproximadamente 80% dos representantes das siglas já chegaram a um entendimento acerca da questão. “Agora estamos equacionando estado por estado”, ponderou. Conforme o ex-prefeito, em 15 estados já existe uma predisposição para a união entre DEM e PTB. Apesar de ainda não ter conversado, oficialmente, com Jayme, a respeito da proposta, ele acredita que, em Mato Grosso, não haja qualquer empecilho para avançar no projeto. “Não apenas estivemos do mesmo lado, mas sempre fomos grandes parceiros aqui no Estado”, afirmou, demonstrando a sinalização positiva para que Mato Grosso engrosse a lista de diretórios favoráveis à fusão. No último mandato de Jayme, coube ao PTB indicar o primeiro suplente da chapa, que fez com que Osvaldo Sobrinho se alternasse no mandato com o democrata.
Depois de ensaiar um processo de crescimento para as últimas eleições, inclusive com a proposta de candidatura própria ao Governo do Estado, o PTB acabou por acompanhar o DEM na base de apoio à candidatura de Pedro Taques (PDT). Sem conseguir viabilizar a disputa pela reeleição dentro do grupo, Jayme acabou desistindo da eleição poucos dias depois do seu registro de candidatura. Desta forma, tanto petebistas como democratas acabaram sentindo o encolhimento da sigla. O PTB perdeu a única cadeira que possuía na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), do ex-deputado Luiz Marinho, enquanto os democratas, apesar da reeleição de Dilmar Dal’Bosco, perderam representatividade na bancada federal, sem Jayme e o ex-deputado federal Julio Campos.