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Governo chama PR para a base em Mato Grosso

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Depois de articular a composição de um bloco com 14 deputados estaduais para garantir o comando de todas as comissões temáticas da Assembleia Legislativa, o governo Pedro Taques (PDT) deu o segundo passo na busca por assegurar a “governabilidade”: convidou oficialmente a bancada do PR – a maior do Parlamento, tendo cinco deputados – para fazer parte da base governista. O convite partiu do líder do Executivo na Assembleia, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que reconheceu a iniciativa como a segunda etapa de uma estratégia iniciada com a formação do bloco. “O blocão já encerrou sua função principal, que era constituir as comissões. Agora estamos abrindo negociação para eles [partidos que fazem parte do grupo] virem para a governabilidade”. 

O fato de os cinco deputados do PR já terem aceitado a primeira composição, para Wilson é um sinal de que o convite feito da tribuna da Assembleia durante a sessão plenária de ontem terá uma resposta positiva. A expectativa do tucano é que os republicanos se reúnam já na próxima semana com o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, para “discutir a governabilidade e a participação do PR no nosso governo”. A tese do tucano é compartilhada pelo deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PR), que diz também ver uma tendência de o PR aceitar o convite, uma vez que já está dentro do bloco composto para disputar as vagas nas comissões. Nininho, aliás, é um dos três parlamentares da legenda que já assumiram publicamente que apoiam o governo Pedro Taques. 

Além dele, Sebastião Rezende e Wagner Ramos adotaram essa postura. Emanuel Pinheiro, que atua como secretário-geral do partido, no entanto, ainda se mostra resistente. Não quis sequer aceitar de pronto o convite de Wilson para uma reunião com Paulo Taques. Disse que prefere, primeiro, realizar uma reunião interna com os correligionários e o presidente da sigla em Mato Grosso, o senador Wellington Fagundes. Este encontro vem sendo agendado desde o início de fevereiro, quando a bancada republicana se viu divida pela eleição da Mesa Diretora da Assembleia. Na época, Mauro Savi, único deputado da legenda que ainda demonstra postura de opositor ao governo, chegou a ameaçar deixar o partido. Agora, segundo Emanuel, a reunião tem previsão de ser realizada na próxima quinta-feira, dia 26. O secretário-geral ressalta, todavia, que se tivesse que tomar uma decisão hoje, seria pela manutenção da “independência” do PR. Seu principal argumento é o fato de, embora ter tentado uma coligação com o PDT de Pedro Taques na eleição do ano passado, o partido ter apoiado a candidatura de Lúdio Cabral (PT) ao governo. “Precisamos manter o mínimo de coerência quanto a esse histórico”, avalia.
 

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