Com o objetivo de reduzir até R$ 1,3 bilhões em custos operacionais ainda neste ano, todos os secretários de Estado e presidentes de autarquia reuniram-se na manhã de ontem (7) para avaliar as metas de redução de custeio da máquina pública e comprometerem-se em adotar medidas, em suas pastas, que vão ao encontro da proposta adotada pelo Governo.Além do projeto de refor-ma administrativa encaminhado pelo governador Pedro Taques (PDT) à Assembleia Legislativa de Mato Grosso, que prevê a extinção de 1,2 mil cargos comissiona-dos, uma série de outras medidas foram estudadas pelos secretários no sentido de melhorar a eficiência da máquina pública para se atingir a meta de equilíbrio do orçamento do Estado.
De acordo com o secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin, a ideia é comprometer todos os gestores fazendo com que se possa investir o recurso público com transparência, equilíbrio e austeridade. Um dos passos para isso é a revisão de todos os contratos firmados em cada pasta. Ele explica que a austeri-dade é uma das ferramentas para se atingir a redução esperada, ou seja, fazendo com que cada secretário ava-lie, na hora de comprar, quais os melhores preços, forma de aplicação e entrega do bem ou serviço contratado.Para mostrar a importân-cia da medida, Brustolin pro-moveu um debate com os demais gestores acerca da Lei de Orçamento Anual (LOA), demonstrando os números do Estado, que já conta com projeção de défi-cit para este ano e restos a pagar acima de R$ 1 bilhão.“As contas públicas do governo federal não vão bem porque se gasta mais do que arrecada, o que nós estamos fazendo aqui é buscar o caminho inverso, queremos arrecadar e gastar dentro da realidade”, destacou o secretário. Ainda, para que os investimentos continuem, Brustolin ressalta que o Governo conta com um planejamento estratégico adequado que passa por três grandes pilares, que são Saúde, Segurança e Educação. “É nisso que vamos nos concentrar. Essas áreas são prioritárias e teremos um investimento dentro do máximo da capacidade do Estado”.
Renegociada na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), a dívida pública de Mato Grosso, que passou a ser cobrada pelo Bank of America, terá sua primeira parcela paga na próxima ter-ça-feira (10).O pagamento ocorre 69 dias após o governador Pedro Taques (PDT) assumir o comando do Palácio Paia-guás. Desde o início de sua gestão, a equipe vem demonstrando preocupação com a dolarização da dívida. Diante da recente alta do dólar, a previsão é de que o valor da parcela seja de aproximadamente R$ 110 milhões, pagos com recursos do Tesouro Estadual. O valor é estimado com base na cotação da moeda norte-americana prevista para amanhã (9).Conforme o negociação realizada por Silval junto ao Bank of America, os pagamentos devem ocorrer semestralmente, nos meses de março e setembro, até 2022. Secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin explica que a dívida pública é um dos pilares do planejamento estratégico que mais preocupa o Governo, justamente por conta da dolarização. “Desculpe quem pensa diferente, mas eu penso que a dívida dolarizada expôs o Estado ao risco cambial e a população pode entender com muita clareza o que eu estou falando. Há pouco tempo atrás o dólar estava R$2,40 e na última quinta-feira (5) passou da casa dos R$ 3. Quem está pagando essa conta? O cidadão de Mato Grosso”, explicou.