A saída do deputado estadual Zeca Viana (PDT) da base governista foi “oficializada” pelo secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques. Sem citar nomes, o titular da pasta que trata da interlocução entre o Executivo e o Legislativo afirmou haver apenas dez e não 11 parlamentares aliados à gestão Pedro Taques (PDT) na Assembleia Legislativa.
O posicionamento foi recebido sem surpresas por Zeca, que pontuou que continuará, na medida do possível, defendendo o governo, mas “sem mudar minha coerência sobre as coisas que considero indevidas”. “Para eles, estou mesmo fora da base. Sei com quem estou lidando. Também sei que ali não tem marcha ré”, confirmou o pedetista.
A afirmação de Paulo Taques sobre a quantidade de deputados na base governista se deu em meio ao contexto sobre a indicação de pessoas para atuar no Executivo por parte dos parlamentares. Segundo o secretário, os dez aliados do governo já foram ouvidos e começaram a encaminhar os currículos de seus apadrinhados à Casa Civil. Na semana que vem, os deputados federais eleitos pelos partidos que apoiaram a candidatura de Pedro Taques ao governo serão chamados para uma reunião em que será discutido o mesmo assunto.
Presidente do PDT em Mato Grosso, Zeca Viana pontua, no entanto, que continuará cobrando que militantes do partido sejam beneficiados com cargos no Executivo. “Se ele (Pedro Taques) não atender, vai ter que se entender com os pedetistas”. O deputado afirma ainda que mantém a postura de encaminhar denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) caso deputados das siglas que apoiaram outros projetos na eleição passada também possam fazer indicações.
Zeca afirma haver suspeitas de que o governo barganhou cargos no Executivo com deputados da oposição em troca de votos a Guilherme Maluf (PSDB) na eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa. As articulações para o pleito é que resultaram no racha entre ele o governado