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Senador mato-grossense não acredita que PL será reativado

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Um dos principais líderes do PR, o senador Blairo Maggi afirmou que a aprovação do Projeto de Lei 4/2015, que impede a fusão de partidos com menos de cinco anos de criação, deve levar por terra a proposta do presidente nacional do PSD, ministro Gilberto Kassab, de refundar o PL. “Acho muito difícil com esse cenário de regras rígidas para fusão de partidos, a continuidade do PL”, disse Maggi.

Isso porque a estratégia usada por Kassab para fortalecer o PSD era a fusão com o PL que deveria agregar líderes de outras agremiações, caso do PR. A aprovação do Projeto de Lei, no início da noite de terça-feira, pelo Senado, após validação da Câmara Federal e seguindo para sanção, deve refletir diretamente na intenção do deputado estadual Mauro Savi (PR), de migrar para o PL.

Blairo confirmou sua negativa ao convite feito a ele, por Kassab, para que se filiasse a nova sigla. “O Kassab me convidou. Mas eu disse que não. Não tenho a mínima intenção de fazer movimentação política nesse momento. Não vou fazer. Não quero”, assinalou minutos antes de votar pela aprovação do projeto.

Ele acredita que apesar da posição de Savi, de vir a deixar os quadros do PR, é possível conversar com o parlamentar para tentar demovê-lo de seu objetivo. “Houve um momento em que o deputado pode ter se sentido magoado com o processo. Precisamos conversar e isso será feito no momento oportuno”, comentou.

Maggi observou ainda que a aprovação do projeto impõe regras que poderão dificultar ainda mais a criação de novos partidos, o que seria mais um agravante para o PL sonhado por Kassab. “Existem normas como o número de assinaturas dever ser proveniente de pessoas que não estão filiadas a partidos. E pelo que tenho conhecimento, isso pode dificultar as assinaturas colhidas para a fundação do PL”, frisou.

Projeto – o Senado aprovou o PLC 4/2015, que altera a Lei dos partidos Políticos (Lei 9.096/1995), fixando em 30 dias subsequentes ao registro do novo partido o prazo para que os detentores de mandato filiados a legendas estranhas à fusão possam filiar-se a ele.

O PSD foi criado em setembro de 2011. A ideia de Kassab era garantir a fusão, porque o novo partido ampliaria a representatividade da base aliada à presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal. A autoria do PL que impõe barreiras para a fusão de siglas é do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE). O PMDB, partido dono da maior bancada na Câmara, apoiou as novas regras, bem como líderes do PSDB. “Há mais de 30 partidos no Brasil. Se nenhum deles serve para os políticos existentes, então temos de mudar os políticos, e não os partidos. Existe partido e ideologia para atender a todos os anseios do povo”, disse Leitão, deputado federal e presidente do PSDB de Mato Grosso.

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