Ex-membro da Comissão criada na Assembleia Legislativa para acompanhar o andamento das obras da Copa do Mundo de 2014 e ex-líder do governador Silval Barbosa (PMDB) no Parlamento, o ex-deputado estadual Hermí-nio J. Barreto (PR) saiu em defesa do peemedebista e do trabalho executado pelo grupo do qual fez parte no Legislativo ao ser confrontado com as críticas que os empreendimentos voltados para o Mundial de Futebol têm sofrido nos últimos meses.
Para o republicano, tem se feito um “carnaval” sem sentido de ser. “Nenhum Estado do país conseguiu concluir todas as obras de mobilidade urbana que foram planejadas para a Copa. Cuiabá saiu ganhando com o que foi projetado para cá. Espero agora que o governo termine o que já foi iniciado”.
Diante das irregularidades apontadas por auditorias realizadas pelo governador Pedro Taques (PDT), os trabalhos da Comissão de Acompanhamento das Obras da Copa na Assembleia foram criticados até mesmo por parlamentares. O primeiro a questionar a eficiência do grupo foi o ex-presidente do Parlamento, o ex-deputado estadual José Riva (PSD). O atual chefe da Mesa Diretora, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), seguiu a mesma linha em pronunciamento nesta semana. Para o tucano, o grupo deixou a desejar quanto à fiscalização.
Barreto pondera não querer polemizar o assunto, mas ressalta que os membros da Comissão fizeram aquilo que estava ao alcance. “Não tínhamos nenhum engenheiro, nenhum técnico contratado. O que tínhamos condições de fazer, fizemos”, afirma, pontuando como exemplo a convocação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) para dar explicações e as visitas in loco de algumas obras.
Quanto às promessas de Silval de que a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ficaria pronto a tempo de ser utilizado durante a Copa do Mundo, Barreto afirmou que o ex-governador “tinha mesmo que dizer que ia ficar pronto, senão o governo federal não liberaria um centavo para a obra”. Para o republicano, Cuiabá correria o risco de perder a oportunidade de implantar um sistema mais moderno de transporte. “Tem capitais brasileiras que estão há 15 ou 20 anos tentando construir um VLT ou um metrô e não conseguem. Imagine Cuiabá, que está longe do centro de poder do país”, avalia.