A deputada estadual Janaina Riva (PSD) utilizou a tribuna, ontem, durante sessão vespertina que marcou o retorno dos trabalhos legislativos, para um pronunciamento no qual pediu um basta para os discursos e palavras de efeito que não resolvem os problemas do Estado. “Estamos com quase 60 dias da nova gestão estadual e posso afirmar sem medo de errar que palavras de efeito não tapam buracos, não reformam hospitais e não dão conta de segurar a onda de violência que assola Mato Grosso. Só se fala em “auditorias” e “devassas”. Nada de “obras” e “projetos”. Os dois olhos voltados para o passado, para o Governo que já foi. Sequer uma olhadela ao horizonte que promete a Mato Grosso uma infinidade de oportunidades”.
Janaina pediu também que os deputados se unam e trabalhem pelo povo de Mato Grosso que os elegeu. Ela reafirmou a intenção de levar adiante a CPI sobre as obras da Copa e sobre o VLT. “Vamos pensar sim em CPIs, mas com resultados verdadeiros e que realmente gerem algo positivo para a população e para o Estado. Vamos nos unir senhor presidente e deputados, pelo bem comum do povo de Mato Grosso. É um desejo meu que a CPI do VLT e das obras da Copa saiam do papel e resultem no apontamento dos verdadeiros culpados por tudo. Não tenho nada a temer”.
Ela também citou rapidamente o caso envolvendo seu pai, o ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD). “Sei que muitos, neste momento, esperam que eu faça uso desta tribuna para falar sobre os últimos acontecimentos que atingiram meu pai. E vou dizer a todos vocês o seguinte: eu jamais deixaria, em momento algum ou em lugar algum, de agradecer pelo pai que tenho. Sabe aquele tipo de pessoa que te ensina a lutar, a crescer, a superar dificuldades? Assim é o meu pai. Seja ele presidente deste poder, esteja ele sofrendo privação de liberdade, continua sendo meu pai, o homem que terá sempre a minha defesa e o meu amor. Tenho a dizer que confiamos na justiça e em nossos advogados”.
Conforme Só Notícias já informou, Riva foi preso no último sábado (21) e está em uma cela do Centro de Custódia de Cuiabá. Ele é acusado de ter desviado mais de R$ 60 milhões com supostas compras em papelarias. Ele responde a mais de 100 ações na Justiça por corrupção e improbidade. O ex-parlamentar foi levado para o Centro de Custódia após ser preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), braço do Ministério Público Estadual.