Por determinação do juiz-membro do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Lídio Modesto, a Polícia Federal tem cerca de três meses para concluir a investigação acerca de possível prática de compra de votos por parte do deputado estadual Mauro Savi (PR). A notícia de fato sobre a pretensa captação ilícita de sufrágio, mediante distribuição de dinheiro, foi protocolada pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) nos autos do processo que tramita no TRE, no qual o deputado é acusado de propaganda eleitoral irregular na distribuição de folhetos e santinhos em Juara.
Conforme a denúncia, na véspera da eleição, teriam sido realizados pagamentos em uma chácara na zona rural de Juara. Na época, o parlamentar argumentou que sequer esteve no município durante o período eleitoral.
Savi foi o deputado que recebeu maior número de votos nas últimas eleições, com apoio de 55,233 mil eleitores, sendo, destes, 983 de Juara, o equivalente a 6,83% de sua votação.
Ao receber a notícia da suposta compra de votos, em janeiro deste ano, o juiz acatou o pedido da PRE autorizando a instauração de investigação contra o deputado estadual, levando em consideração que se trata de autoridade com foro por prerrogativa de função.
Desta forma, ele encaminhou os autos do processo à PF e determinou, ainda, a tramitação do inquérito policial diretamente entre a Polícia e a PRE.