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Romoaldo Júnior diz que Guilherme Maluf cria factoides

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O ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), chamou de “factoide” o anúncio de enxugamento dos gastos do Parlamento por meio de cortes no quadro funcional, como vem sendo anunciado pelo novo presidente da mesa diretora, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB). Segundo o peemedebista, o número real de funcionários exonerados após as recontratações já anunciadas pelo próprio Maluf corresponde apenas às pessoas que atuavam na presidência e primeira-secretaria da Casa e nos gabinetes dos ex-deputados que não se reelegeram. Dessa forma, as demissões ocorreriam mesmo sem a revisão do quadro de servidores.

Maluf demitiu 858 funcionários comissionados da Assembleia. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial que circulou ontem. Deste total, no entanto, cerca de 500 ou 600 devem ser recontratados, segundo o próprio tucano. As recontratações ocorrerão após análise de caso a caso. O objetivo, em linhas gerais, seria o de verificar a “utilidade” de cada um dos servidores para o Parlamento e quanto dinheiro tem sido investido por esse serviço prestado. Ainda de acordo com Maluf, feito isso, a folha de pagamento deve passar de R$ 10 milhões mensais para R$ 7 milhões.

O valor, todavia, também é contestado por Romoaldo, que garante que a Assembleia gasta, pelo menos, R$ 13 milhões por mês com o pagamento de salários. “Eu concordo em reduzir gastos, mas não em criar factoides sobre a Mesa Diretora anterior. Se vão passar informações, que passem informações corretas”, criticou o peemedebista.

Romoaldo também negou a existência de “fantasmas” e “marajás” no Parlamento durante os 16 meses em que esteve no cargo de presidente. A referência foi a afirmação de que teria sido identificado um servidor com salário de R$ 71 mil e que recebia da Assembleia enquanto morava no Estados Unidos.

“Esse servidor pode ter recebido o pagamento de férias e também da URV, que a Assembleia estava pagando por uma determinação judicial. Além disso, deve se tratar de um concursado porque, de fato, eles têm salários muito bons. A Assembleia paga bem seus servidores. E eu posso garantir que, durante a minha gestão, ninguém recebeu salário morando nos Estados Unidos”, explicou.

Quanto às intenções de Maluf de substituir contratados por concursados, Romoaldo pontuou que 720 cargos de comissão na Assembleia correspondem às vagas destinadas aos 24 gabinetes e a contratação dessas pessoas cabe a cada um dos deputados da Casa e não poderia ser feita de outra forma.

Apesar disso, ele se disse favorável ao pedido da comissão formada pelos aprovados no cadastro de reserva do último concurso público da Assembleia de prorrogação da validade do certame. Segundo peemedebista, o grupo não chegou a procurá-lo à época de sua gestão com esta solicitação.

A comissão esteve reunida com Maluf na semana passada e deve esperar até a próxima quinta-feira (12) por uma resposta do tucano. Caso haja uma negativa da Mesa Diretora quanto ao pleito, o grupo vai ingressar com uma ação judicial cobrando a prorrogação do concurso.

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