O prefeito Mauro Mendes afirmou que a definição do futuro valor da tarifa do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá e Várzea Grande é fundamental antes de dar continuidade à obra. O gestor da capital participou, esta manhã, da audiência pública organizada pelo governo do Estado, responsável pela obra, que apresentou os dados de auditoria feita pela gestão do governador Pedro Taques.
Foram detectadas, pela Controladoria-Geral do Estado, várias falhas de projeto e problemas como a indefinição do valor da tarifa e a falta de um cronograma para a conclusão do modal. Para Mendes, o VLT se tornou um grande problema para a sociedade e a principal coisa a fazer nesse primeiro momento é um estudo de viabilidade para saber quanto custará a tarifa do VLT. “A grande clareza que temos que ter agora é de quanto vai custar essa tarifa. A partir dessa definição poderão ser tomadas outras decisões”.
O gestor colocou a prefeitura à disposição naquilo que puder colaborar, já que a paralização da obra prejudicou a vida de todos que trafegam pelas avenidas da capital. Ele falou da decisão equivocada da troca do modal há anos atrás (de BRT para VLT). “Foi gasto um valor muito maior do que o estimado. Quem vai pagar essa conta? Apoiamos a decisão do governador Pedro Taques, de concluir as obras, mas antes é necessário fazer o levantamento do valor da tarifa, que é o que vai desdobrar todas as outras decisões”.
Ao longo de 2013 e 2014, segundo o prefeito, foi feita uma “guerra silenciosa” com a Secopa e o Consórcio VLT para não se abrir mais frentes de trabalho. “Eles queriam abrir toda a cidade e nós não permitimos. Essa nossa decisão foi no sentido de que não usassem isso como desculpa para justificar eventual atraso. Hoje está claro que foi uma decisão acertada, já que teríamos muito mais frentes abertas, com obras paralisadas prejudicando o trânsito e o ir e vir de quem trafega pelas ruas da capital”.