O senador e presidente regional do Partido da República (PR), Wellington Fagundes, afirmou que a definição dos cargos da mesa diretora da Assembleia Legislativa “é um assunto exclusivo da bancada de deputados estaduais, não cabendo interferência da direção partidária, já que não se caracteriza qualquer debate estatutário. A escolha dos cargos de direção do Legislativo é uma questão de fórum de articulação de cada parlamentar”.
A nota do presidente aponta ainda que “desde o princípio, o Partido da República adotou a posição de deliberar sobre a participação de seus parlamentares na eleição da mesa diretora e chegou a colocar-se à disposição para tratar o assunto mas, em consonância com os deputados estaduais, a questão foi mantida no âmbito da bancada. Essa postura, confirma a prática de respeito à liberdade e autonomia dos membros do Partido da República”.
A declaração de Fagundes é uma resposta ao posicionamento adotado pelos deputados estaduais Mauro Savi e Emanuel Pinheiro que pretendem deixar o partido devido a disputa da mesa diretora da Assembleia. Savi foi o mais critico em relação ao assunto e está avaliando a possibilidade desde que tenha segurança jurídica para sair sem perder o posto, já que pode ser enquadrado na questão da infidelidade partidária.
O racha no partido ficou claro antes da eleição da mesa diretora. Com cinco deputados, Savi tentava se garantir na primeira secretaria tendo como presidente Guilherme Maluf (PSDB). No entanto, seu nome não agradava o governo que pregava a renovação também na Assembleia. Por várias vezes foi colocado como fora da chapa. A situação ficou pior ainda quando o líder da chapa anunciou outro republicano, o Nininho, em seu lugar e ainda com apoio de Ramos e Sebastião Resende (os dois também do PR). Já Emanuel Pinheiro, o quinto deputado do partido, tentava emplacar uma outra chapa, mas também não obteve êxito.