A pouco mais de uma semana do pleito, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) conseguiu apoio do governador Pedro Taques (PDT) para disputar a presidência da mesa diretora da Assembleia Legislativa e as negociações quanto a eleição caminham para a formação de uma chapa de consenso. Emanuel Pinheiro (PR), que vinha se colocando como candidato a presidente, já estaria na disputa pelo cargo de primeiro-secretário no bloco liderado pelo tucano. Isso porque seu companheiro de chapa, o eleito Eduardo Botelho (PSB), teria anunciado oficialmente que desistiu da disputa. A aliança com Maluf, então, seria uma forma de o republicano ainda garantir uma vitória.
Em entrevista, ontem à noite, Emanuel disse acreditar na possibilidade de uma chapa única. Ao contrário do que vem pregando a maioria dos deputados, ele avaliou que uma disputa seria, sim, benéfica a democracia, mas ressaltou que “o consenso nunca pode ser descartado. Aliás, sempre estivemos de portas abertas para isso”, pontuou, falando ainda como candidato a presidente.
Na suposta disputa pela primeira-secretaria, o republicano, no entanto, não estaria sozinho. O páreo contaria ainda com os deputados Ondanir Bortolini, o Nininho, e Mauro Savi, ambos também filiados ao PR, e o peemedebista Romoaldo Júnior.
Savi, que na semana passada já teria recebido um veto de Taques por representar a continuidade da atual gestão do Legislativo, deve ter mais uma reunião com o pedetista antes da eleição. Suas chances de ser o escolhido para comandar a AL ao lado de Maluf ainda seriam pequenas, mas ele contaria com a influencia do senador Blairo Maggi (PR).
Nesta semana, a dupla de republicanos já esteve reunida com Taques. Na oportunidade, Maggi demonstrou seu interesse em ver o correligionário permanecendo no cargo de primeiro-secretário. O governador, por sua vez, teria afirmado que não interferiria no processo.
Romoaldo, que no início do mês já era cotado para substituir Savi na chapa de Maluf, apesar de ter presidido a AL durante quase todo o último biênio, contaria com mais simpatia por parte de Taques e dos parlamentares eleitos pela base governista. Nos bastidores, seu nome é apontado de longa data como aquele capaz de promover a tão desejada chapa de consenso.
Aliado de primeira hora de Savi, ele, no entanto, já avisou que só se candidata se o companheiro recuar por iniciativa própria. A única coisa que o peemedebista confirma é que o PMDB vai lutar por uma vaga na Mesa Diretora, tendo em vista que elegeu três parlamentares e é o partido com a terceira maior bancada da próxima Legislatura ao lado do PSDB, que ocupará o mesmo número de cadeiras.
A candidatura de Nininho também havia sido aventada no início do mês. O deputado republicano, todavia, negou veementemente qualquer interesse em cargos na direção da Assembleia.