Para não depender do jogo do Internacional, um simples empate contra o Goiás, neste domingo, às 16:00h, no Serra Dourada, é suficiente para assegurar o quarto título nacional da história do Corinthians, o primeiro da era MSI, que investiu R$ 113 milhões nesta temporada.
A taça pode vir até com uma derrota. Se perder no Serra Dourada, o time de Parque São Jorge, que lidera o Nacional com 81 pontos, somente deixará de ser campeão, caso o Internacional, vice com 78, derrote o Coritiba e tire uma diferença de cinco gols de saldo. Por exemplo, se o Corinthians perder por um gol, o time gaúcho teria que ganhar por cinco tentos de vantagem.
Elenco e o treinador Antônio Lopes não admitem publicamente, porém desejam encerrar a competição com quatro ou mais pontos de diferença sobre o segundo colocado, o Internacional, e amenizar os comentários sobre um possível título manchado.
Quatro pontos é a quantidade conquistada pelo Corinthians na remarcação dos jogos anulados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ainda questionado pelo Inter. A entidade cancelou as 11 partidas apitadas pelo ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que admitiu ter participado de esquema de manipulação de resultados.
“Queremos vencer para encerrar essa bela campanha e não deixar dúvidas sobre nossa capacidade”, comentou o atacante Tevez, artilheiro do time na competição com 19 gols, dois a menos que o artilheiro Robson, do Paysandu.
Caso o título seja concretizado, o time paulista se igualará a Flamengo, Palmeiras e Vasco como os maiores vencedores do Campeonato Brasileiro, que teve sua primeira edição em 1971. A CBF não reconhece a conquista flamenguista de 1987 –para a entidade, o Sport é o campeão.
O Corinthians também terá a oportunidade de, pela primeira vez em sua história, comemorar o título da competição nacional longe do Morumbi. Nas outras três oportunidades (1990, 1998 e 1999), o time de Parque São Jorge levantou a taça no estádio do São Paulo. Pela Copa do Brasil, os dois títulos corintianos foram conquistados fora de casa –Grêmio, em 1995, e Brasiliense, em 2002.
Para o jogo deste domingo, o Corinthians não contará com apenas dois titulares: Betão e Eduardo, que receberam o terceiro cartão amarelo na partida contra a Ponte Preta. Entram Wendell e Coelho. Preocupado com a defesa, Lopes optou pelo volante Bruno Octávio no lugar de Elton, que começou a partida contra o clube campineiro.
Enquanto o Corinthians está muito próximo do tetra, o Goiás está disposto a encerrar com um triunfo uma temporada vitoriosa do clube. Com campanha regular em todo o Nacional, o Goiás, que ocupa o terceiro lugar com 71 pontos, assegurou presença pela primeira vez em sua história na Taça Libertadores.
Para “motivar” ainda mais o elenco goiano, especulou-se durante toda a semana que o Internacional ofereceria “prêmio extra” para vencer os paulistas. Jogadores, comissão técnica e diretores negaram qualquer conversa com representantes do clube gaúcho.
Em campo, Geninho tem problemas. Os zagueiros André Silva, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e Júlio Santos, que cumpre punição do STJD, não jogam.
GOIÁS
Harlei; Aldo, Rafael Dias e André Leone; Paulo Baier, Cléber Gaúcho, Cléber Goiano, Rodrigo Tabata e Jadilson; Souza e Roni
CORINTHIANS
Fábio Costa; Marinho, Marcelo Mattos e Wendel; Coelho, Bruno Octávio, Rosinei, Carlos Alberto e Gustavo Nery; Tevez e Nilmar
Juiz: Evandro Rogério Roman (PR)