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São Paulo e Corinthians fazem hoje à noite o ‘clássico da paz’

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Nesta segunda-feira, às 20h30, São Paulo e Corinthians voltam a se enfrentar no Morumbi na repetição do clássico do dia 7 de setembro, que terminou com vitória tricolor por 3 a 2, mas foi anulado pelo STJD devido a suspeita de manipulação do resultado pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho.

Ao contrário do que ocorreu no primeiro duelo, os jogadores dos dois times têm evitado provocações gratuitas e prometem entrar em campo pensando somente em jogar bola e buscar os três pontos.

O Timão, líder isolado do Brasileirão, pode aumentar para nove pontos a diferença em relação ao Goiás, segundo colocado, mas, nem por isso, adota discurso de campeão ou posa de favorito contra a equipe do Morumbi.

“O São Paulo é o campeão da América, o melhor time da América do Sul e, conseqüentemente, do Brasil. É um time excepcional do goleiro ao ponta esquerda. Vamos com humildade e trabalho para dentro de campo em busca de mais um bom resultado na segunda”, avisou Antônio Lopes, que poderá contar com sua força máxima para encarar o rival.

Roger, que durante a semana deu uma “escorregada” e chegou a comparar o São Paulo ao Paraná, corrigiu seu vacilo e também adotou um discurso mais ameno antes de encarar novamente o Tricolor.
Foto: Djalma Vassao/Gazeta Press

“Não quis provocar ninguém. Disse apenas que os três pontos disputados contra o São Paulo são os mesmos disputados contra Paraná e Paysandu”, corrigiu. “Não temos que nos preocupar com guerra de vaidades contra o São Paulo, nem em duelos particulares”’, completou.

O volante Marcelo Mattos também ergueu a bandeira branca e pregou paz no reencontro dos rivais. “Temos que ter tranqüilidade. Não vamos entrar no campo de jogo para brigar, e sim para vencer e somar mais três pontos na tabela. Tudo o que foi falado faz parte do passado”, sentenciou.

Já o São Paulo não está mais na briga pelo título do Brasileirão, mas também não esconde a importância do jogo desta segunda-feira. Apesar de o grande objetivo do Tricolor em 2005 ser a conquista do Mundial, em dezembro, o goleiro Rogério Ceni garante que não faltará motivação para o clássico.

“Da mesma forma como em todos os outros clássicos, temos que ganhar. A gente sempre entra com a obrigação de vencer, como em todos os clássicos que disputamos. A motivação é a mesma para vencer todos”, assegurou.

O grande problema do Tricolor nesta segunda-feira serão as ausências de Lugano, Cicinho e Josué. Os atletas estavam suspensos no duelo anulado, que acabou com vitória do Tricolor, e terão de ficar fora também da reedição da partida.

A cúpula são-paulina defendeu durante toda a semana que os jogadores poderiam cumprir a suspensão na repetição do jogo contra a Ponte Preta e, por isso, tirou os três da partida em Campinas. No entanto, por meio de um fax enviado na sexta-feira, a CBF informou ao Tricolor que os atletas terão mesmo de cumprir a automática contra o Corinthians.

Assim, Autuori deverá montar a defesa da equipe com Fabão e Edcarlos, que ganha outra oportunidade entre os titulares. Já no meio-campo o escolhido para a vaga de Josué deverá ser Renan. Na ala, Hernanes terá a responsabilidade de substituir Cicinho.

Enquanto lamenta as perdas, o treinador ainda comemora os retornos do lateral-esquerdo Júnior e do meia Souza, que cumpriram suspensão na partida contra o Santos e estão confirmados entre os 11.

Autuori, por sinal, também não esquece de analisar a situação do adversário e demonstra estar atento ao desempenho do Timão, mas descarta uma marcação especial no destaque do rival: Tevez. “O Corinthians passa por uma fase muito boa e merece atenção como um todo. O Carlitos está em boa fase e vamos diminuir os espaços para ele, assim como para todos os outros jogadores deles”, explicou.

Diferentemente do clássico anulado, os discursos dos jogadores para o replay da partida estão bem mais contidos devido aos tumultos ocorridos entre os torcedores. Apesar de se controlar para não apimentar o compromisso, o superintendente de futebol do Tricolor, Marco Aurélio Cunha, usou o bom-humor para dar uma leve alfinetada nos adversários. “A gente brinca, provoca, e sabemos que somos melhores que eles, sem dúvida”.

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