Uma semana após a criação oficial da associação independente de futebol profissional de Mato Grosso, o presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione, decidiu jogar duro com o Operário, um dos clubes que apoiaram a fundação da entidade.
O dirigente deu um prazo para o clube várzea-grandense acertar os termos de seu contrato social e apresentar a diretoria legítima. Caso contrário, o time será afastado de jogos oficiais e não poderá representar o Estado na Copa Brasil de 2006.
Carlos Orione exibiu ontem cópia de documentos, onde mostra que o Operário, como clube-empresa, está regulamentado apenas na atividade de formação de atletas em várias modalidades, como futebol, vôlei, atletismo e handebol. E não como uma associação de futebol profissional. Outro ponto é a diretoria:
“O Operário não tem um presidente e nem conselho deliberativo”, garante Orione, ao citar que Wendell Rodrigues hoje atende pela direção. “Ele é um presidente ‘fantasma’ que atua de fato, não de direito. E um clube precisa ter seu presidente para deliberar legalmente suas decisões e assinar procurações”.
Segundo Orione, o Operário terá que procurar a Junta Comercial para formalizar as alterações em seu contrato social e eleger a diretoria. “Nós demos um prazo de 20 dias para o clube e já se passaram 15. Se não levarem a sério o que estamos exigindo, dentro de cinco dias faremos o desligamento oficial do Operário”, ameaçou o presidente da FMF.
Nesse caso, o Operário estaria fora da Copa Governador, Copa do Brasil e do Campeonato Estadual, até que a situação seja regularizada.
Conforme Orione, a situação do Operário, pode até complicar a FMF. “Eles hoje são um clube de aluguel que estão irregulares desde 2002. De lá para cá, disputaram Copa do Brasil sem regulamentação para isso. Todos passamos batidos com isso e por sorte, a CBF não nos multou.
O Operário, como clube-empresa (Operário FC Ltda) foi criado em 2001 por Alceu Provatti, José Maria Fratuchelli e Carlão Catiste, segundo a FMF.