Pouco mais de quatro meses após ser atropelado pelo “Furacão Cianorte”, o Timão voltou ao estádio Willie Davids, em Maringá, para enfrentar o Paraná, em jogo válido pela 12ª rodada do Brasileirão, na tarde deste sábado,disposto a apagar a má impressão deixada na oportunidade. E se deu bem.
Apesar de sair atrás no placar, o Alvinegro mostrou força, raça, e chegou à virada com dois gols polêmicos e um indiscutível: o primeiro, ”espírita”, do zagueiro Marinho, o segundo, em uma bomba de Carlitos Tevez, no início do segundo tempo, em jogada que se originou em uma falta inicialmente marcada para o Paraná, e o último com um chutaço de Dinelson, que acabara de substituir o inoperante Carlos Alberto.
O resultado manteve um tabu de quatro anos sem derrotas para o adversário, e aproximou o Timão dos ponteiros do Brasileirão. O time de Márcio é o quarto, com 22 pontos.
Na quinta-feira, o time paulista reencontra a Fiel no Pacaembu para encarar o Paysandu, em jogo marcado para as 20h30. Um dia antes, as 19h30, o Paraná vai ao Anacleto Campanella tentar confirmar a boa fase diante do São Caetano.
O jogo: O Corinthians começou a partida tomando a iniciativa e partindo para cima do Paraná, com Rosinei, Marcelo Mattos e Mascherano se apresentando constantemente no campo de ataque, mas pecando no último passe.
Com Carlos Alberto muito marcado, a alternativa, principalmente no primeiro tempo, foi arriscar os chutes de longe, e desse modo Mascherano e Marcelo Mattos testaram os reflexos do goleiro Flávio, aos seis e 15 minutos, respectivamente.
Carlitos Tevez estava a fim de jogo, e passou a criar bons lances a partir da primeira metade da etapa inicial, e teve sua chance após toque de Gustavo Nery, mas o chute ficou nos braços do goleiro do Paraná.
O time da casa também testou Fábio Costa apenas em chutes de longa distância, e acabou tendo melhor sorte. Em sua segunda tentativa, o meia Beto acertou um “pombo sem asa” da intermediária. A bola bateu na trave esquerda e morreu no fundo das redes da “Muralha”: 1 a 0 Paraná.
Em desvantagem, o Alvinegro partiu para a pressão, e chegou ao empate aos 36 minutos, em um lance polêmico. Após cobrança de escanteio pela esquerda, Jô furou feio e a bola sobrou para o zagueiro Marinho, que com um voleio esquisito venceu o goleiro Flávio. A zaga ainda cortou, mas Márcio Resende de Freitas confirmou o gol, pois a bola ultrapassara toda a linha. O Paraná ainda obrigou Fábio Costa a fazer boa defesa, mas a primeira etapa acabou mesmo no 1 a 1.
Virada na raça : O início do segundo tempo foi bastante equilibrado. Enquanto Carlos Alberto tentou surpreender Flávio e errou o alvo, Tiago Neves estremeceu a trave de Fábio Costa logo aos quatro minutos, após falta mal cobrada por Neto.
Como quem não faz, toma, o Timão chegou à virada com um toque de classe, um de polêmica e outro de raça. Jô fez lindo lance pela esquerda e cruzou. Carlitos Tevez, bem colocado, ajeitou e encheu o pé, sem chances para o goleiro Flávio.
O terceiro gol ficou no “uhhhhh!” da Fiel sete minutos depois. Tevez fez lançamento de cinema para Rosinei, que invadiu pela esquerda e cruzou para Jô, que pulou mas não alcançou a bola.
O Paraná complicou sua situação ao ter um zagueiro expulso momentos depois de Lori Sandri trocar o 3-5-2 pelo 4-4-2. Márcio, por sua vez, sacou Carlos Alberto e colocou Dinelson, e ouviu a torcida vaiar incansavelmente o ex-jogador do Fluminense.
Assim como no clássico contra o Palmeiras, o substituto do apático meia definiu o jogo, com uma bomba de fora da área, em seu primeiro toque na bola, complicando a situação de Carlos Alberto na equipe.
Márcio ainda promoveu as voltas de Sebá e Fabrício à equipe, e comemorou seu segundo triunfo seguido com o “trio hermano” em campo pela primeira vez desde que os argentinos foram contratados.
O Paraná ainda encostou com um gol de cabeça do zagueiro André Dias, mas o placar acabou mesmo em 3 a 2.