A tranqüilidade antes do jogo foi exagerada. Por isso, o São Paulo entrou desatento e desconcentrado para enfrentar o Rio Branco, neste sábado, no Morumbi. Apesar de ter feito seu pior jogo no ano, o Tricolor venceu, por 1 a 0, chegou a 32 pontos e conseguiu manter, no mínimo, a vantagem de quatro sobre o segundo colocado do Campeonato Paulista, o Mogi Mirim.
Depois de fazer graça na cobrança, Tardelli perdeu um pênalti no primeiro tempo. Na etapa final, também com a bola na marca da cal, Rogério Ceni foi quem decidiu o jogo, batendo forte na bola. Josué deixou o jogo ainda no primeiro tempo, após sentir fisgada na coxa.
O São Paulo volta a jogar no sábado, contra o Marília, no Morumbi. Antes disso, quarta-feira, na Argentina, pegará o Quilmes pela Copa Libertadores. O Rio Branco receberá o Mogi Mirim, domingo, em Americana.
O jogo
O São Paulo buscou bastante o ataque e Diego Tardelli mostrou logo que estava com fome de bola após ficar de fora por contusão. Aos 3 minutos, ele fez ótima jogada e chutou de longe. O goleiro soltou a bola molhada, mas Danilo não conseguiu aproveitar o rebote.
O Rio Branco marcava bem e esporadicamente chegava ao ataque com Gil Bala, que perdeu duas boas chances porque entrou em impedimento. O time de Emerson Leão não conseguia se encaixar, errou muitos passes e não mostrava a mesma gana de outros jogos.
Gil Bala continuava aparecendo e Mineiro teve que salvar o Tricolor com a ponta da chuteira. O São Paulo continuava mal e o Rio Branco crescia. Foi a vez de Lugano travar Gil Bala na hora do chute. A torcida perdeu a paciência e começou a suspirar a cada nova jogada fracassada.
Edcarlos, que havia falhado feio no jogo contra a Universidad de Chile, errava muito na defesa. Aos 36, enfim apareceu uma esperança para a torcida. Josué sofreu falta perto da área e Rogério Ceni foi ao ataque. Magrão defendeu.
Josué sentiu contusão e Renan teve de entrar em campo. Fabão fez gol de cabeça, mas Edcarlos havia deslocado o goleiro e o árbitro anulou acertadamente a jogada.
Aos 45 minutos, o árbitro Marcelo Krochmalnik complicou a boa atuação. Ele marcou um pênalti não existente em Grafite. Tardelli bateu forte no ângulo direito, mas o juiz mandou voltar por invasão de Cicinho e Baggio.
Na segunda cobrança, Tardelli tentou imitar o estilo de Marcelinho Carioca e Djalminha e a bola acabou passando por cima do gol. Ao final do primeiro tempo, Leão e Rogério Ceni reclamaram muito com o árbitro.
Na volta do intervalo, Leão foi cuidadoso com as palavras. “Não tenho reclamação nenhuma contra o árbitro. Tenho contra o meu time que jogou muito mal”, admitiu Leão.
O Rio Branco continuava bem no jogo. Leão decidiu tirar Diego Tardelli para escalar Vélber e tirou Edcarlos e colocou o meia Marco Antônio. Gil Bala, principal jogador do Rio Branco, foi sacado para dar lugar a Cristiano.
Aos 16, Grafite marcou gol impedido após jogada de Júnior e Danilo. Ana Paula de Oliveira levantou a bandeira acertadamente: o placar continuou no 0 a 0.
O São Paulo mostrava pouco futebol e começava a se desesperar. O Rio Branco passou a valorizar cada vez mais a posse de bola. Aos 22, Rogério Ceni foi novamente cobrar falta no ataque, do mesmo lugar onde marcou contra a Universidad de Chile. Em vez de bater direto, o goleiro armou uma jogada ensaiada que não deu certo com Lugano.
Aos 28, Vélber foi derrubado na área e o árbitro não pretendia marcar pênalti. A assistente Ana Paula de Oliveira avisou o árbitro e Rogério Ceni foi para a cobrança. Desta vez a bola entrou: 1 a 0. Este foi o 37º gol da carreira do goleiro, somando-se os marcados em cobranças de falta (32) e os de pênalti (5).
O Tricolor cresceu após o gol e criou algumas jogadas de gol. No entanto, foi o Rio Branco que chegou perto de balançar as redes. Lê fez grande lance, mas errou na finalização, perdendo a chance de empatar o jogo. O time do interior pressionou, mas não conseguiu mudar o resultado.