Duelo de tricolores, duelo de invictos. Paulista e São Paulo se encontraram na tarde deste domingo em Jundiaí separados por 14 pontos na tabela de classificação do Paulistão, mas com vários pontos em comum. O time de Jundiaí ostentava uma invencibilidade de 12 jogos em casa, conseguida através de 11 vitórias e um empate nos últimos oito meses. Já o Tricolor da capital, líder da competição, ainda não havia perdido na temporada, acumulando nove vitórias e dois empates em 11 jogos.
Tanta igualdade nas estatísticas acabou se transferindo para dentro do gramado, e o placar de 2 a 2 acabou satisfazendo a grande torcida são-paulina que foi ao Jaime Cintra. O empate, combinado com a derrota do Santos no clássico contra o Palmeiras, elevou para cinco pontos a diferença do Tricolor em relação ao rival na disputa pelo título. O Mogi, agora vice-líder, está com quatro pontos a menos, mas não deve ter gás para acompanhar o Tricolor.
Na próxima rodada do Paulistão, sábado, o São Paulo recebe o Rio Branco no Morumbi. Antes, porém, também no Morumbi, faz sua estréia na Libertadores 2005, quarta-feira, contra o Universidad do Chile, que venceu o Quilmes em seu primeiro jogo pelo Grupo 3. Já o Paulista vai a Itu no domingo para encarar o Ituano.
O jogo: O primeiro tempo de jogo mostrou duas equipes com propostas bem definidas. De um lado, um Paulista precavido, sabedor de suas limitações e também de seus pontos fortes, por isso apostando em sua principal arma, o contra-ataque. Do outro, um Tricolor consciente, tocando a bola com qualidade e procurando pressionar o adversário o tempo todo.
Logo a um minuto, Grafite serviu Luizão, que achou Danilo livre pela direita, mas o volante Amaral travou na hora do chute e evitou um perigo maior. Aos cinco, Souza cobrou falta com rapidez para Júnior, que avançou pela esquerda, cortou para dentro e bateu cruzado, assustando o goleiro Rafael.
Na primeira vez em que conseguiu encaixar seu contra-ataque, o Paulista abriu o placar. Jéferson recebeu lançamento pela esquerda, passou como quis por Edcarlos e cruzou para Léo, que só teve o trabalho de desviar do goleiro Rogério Ceni: 1 a 0.
O gol acordou o jovem atacante, que passou a infernizar a zaga são-paulina. Aos 18, em mais um contra-ataque, recebeu lançamento de Ricardinho e tocou na saída de Rogério Ceni, mas o camisa um fez bela defesa. No rebote, Léo tocou por cima do goleiro, mas Edcarlos, que falhara no gol, tirou em cima da linha.
O camisa oito do Paulista teve sua última chance na primeira etapa aos 31, ao aproveitar a sobra de uma falta mal batida e acertar o travessão de Rogério Ceni. No minuto seguinte, o feitiço virou contra o feiticeiro, e o gol de Grafite só não saiu porque Rafael salvou com os pés.
No último bom lance da primeira etapa, um dos tabus que estava em jogo, caiu. Grafite fez bela jogada pela ponta direita e cruzou para a área. O capitão Anderson se atrapalhou com o goleiro Rafael e a bola sobrou limpa para Luizão estufar as redes e empatar o jogo, fazendo seu primeiro gol na carreira contra o time de Jundiaí.
Atacar!!!: Leão voltou para o segundo tempo mais ofensivo, sacando o zagueiro Alex para a entrada do meia ofensivo Marco Antônio. Assim como na primeira etapa, o time de Leão começou melhor, e quase virou o jogo em uma bomba do volante Josué, no primeiro minuto e com Grafite, também em um chute forte, aos três.
Sem querer, o Paulista teve sua primeira chance aos dez minutos. Após cobrança de escanteio, a zaga tricolor tentou afastar e o zagueiro Anderson jogou-se em direção à bola, que passou raspando a trave esquerda do goleiro Rogério Ceni.
Quando o ritmo do jogo começou a diminuir, o São Paulo ganhou um presente. Aos 22 minutos, Jéferson reclamou da marcação de uma falta com o auxiliar e foi expulso, deixando a situação complicada para o time da casa.
Aos 28, a torcida são-paulina explodiu com o anúncio do gol de Pedrinho, o segundo do Palmeiras contra o Santos no clássico do Parque Antártica. A alegria foi por água abaixo no minuto seguinte, quando Christian tabelou com Léo, saiu na cara de Rogério Ceni e fuzilou: 2 a 1 Galo.
Leão agiu imediatamente e sacou Souza para a entrada de Vélber. A resposta de Mancini veio em seguida, com a saída do arisco atacante Léo para a entrada do volante Fábio Vidal, na tentativa de segurar o jogo e garantir a vitória.
Para azar do técnico do Paulista, o São Paulo voltou a igualar o placar depois que Marco Antônio encheu o pé, o goleiro rebateu mal e Danilo ajeitou para Josué desviar e comemorar. Foi o último lance do volante, que deixou o campo para a entrada de Jean.
Mais vibração do lado tricolor. Aos 39, o placar do Jaime Cintra mostrou: Palmeiras 3 x 1 Santos. Foi o suficiente para que o empate contra o Paulista fosse comemorado como um bom resultado, já que agora o Tricolor tem cinco pontos de frente contra seu adversário mais forte à luta pelo título do Estadual, o time da Vila Belmiro.