“É a minha última corrida em Monza”. Foi desta forma, logo depois de vencer o Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1, que o alemão Michael Schumacher confirmou a sua aposentadoria da categoria. O heptacampeão mundial anunciou durante a entrevista coletiva pós-corrida que não irá mais correr a partir do ano que vem.
Segundo colocado no Mundial de Pilotos e apenas dois pontos atrás do líder da temporada, o espanhol Fernando Alonso, Michael Schumacher tem apenas mais três corridas para tentar o oitavo título na categoria e também antes de pendurar o capacete. O alemão volta a correr no dia 1º de outubro, no GP da China, em Xangai, e uma semana depois, em Suzuka, no Japão. A última corrida de Schumi será no Brasil, em Interlagos, no dia 22 de outubro.
Ao mesmo tempo que Schumacher confirmava a aposentadoria, a Ferrari emitiu um comunicado em Monza confirmando a sua dupla de pilotos para a temporada 2007. O brasileiro Felipe Massa continua como piloto titular da escuderia italiana e terá como companheiro de equipe o finlandês Kimi Raikkonen, que deixa a McLaren ao término desta temporada. Massa tem contrato com a Ferrari até 2008, enquanto que Kimi assinou até 2009.
Abraçando os companheiros de equipe, trocando carinhos com a esposa, o alemão Michael Schumacher deixou a pista de Monza, logo após o GP da Itália dando mostras que não faria mais mistérios sobre seu futuro. Momentos depois, na sala de imprensa, anunciou em coletiva que não irá mais continuar na Fórmula 1 após esta temporada. A despedida não poderia ter sido feita em situação melhor. Vencedor da prova, no circuito que é considerado a casa da Ferrari, o alemão agradeceu o apoio recebido durante seus 15 anos na categoria.
‘Sinto muito ter feito vocês esperarem (pelo anúncio), mas este será minha última corrida em Monza. Vou me aposentar’, disse logo no início da coletiva. ‘Agradeço ao meu pai, minha esposa e aos meus filhos porque sem este apoio minha performance teria sido impossível, principalmente no dia-a-dia’.
Sentado ao lado do finlandês Kimi Raikkonen, que será seu substituto na Ferrari, o heptacampeão preferiu não ser o responsável pela confirmação de seu nome na vaga. Sem citar Raikkonen diretamente, parabenizou a escuderia pela escolha e desejou sorte ao novo funcionário de Maranello.
Sobre a permanência de Felipe Massa na equipe, também confirmada em comunicado oficial da Ferrari, Schumacher foi elogioso. ‘É justo com Felipe, que precisava decidir seu futuro. Ele é um grande talento e não podia adiar mais minha decisão’.
A vitória em Monza foi a de número 90 na carreira do alemão, que se tornou sinônimo de recordes na Fórmula 1. Com sete títulos na categoria (cinco pela Ferrari), ele já disputou 247 corrida com 68 pole positions. O primeiro título chegou em 1994, quando corria pela Benetton, mas ficou marcado por suspeitas de irregularidades e pelo acidente em Adelaide, tirando do páreo seu principal adversário o inglês Damon Hill. No ano seguinte, ele repetiu a dose, desta vez sem margem para contestações. A chegada à Ferrari ocorreu em 1996 e deu início a mais bem-sucedida parceria da história da categoria. De 2000 a 2004 só deram eles na conquista do Mundial.
Agora, fazendo as malas para curtir a aposentadoria ele só pensa em aumentar sua coleção de títulos. ‘Hoje, demos um grande passo para a conquista de mais um campeonato’.