Quando a bola começou a rolar no Stadion Köln, em Colonia, na tarde desta sexta-feira, os togoleses tinham em mente apenas um objetivo em sua despedida do Mundial: conseguir ao menos um empate diante dos franceses para também eliminar os rivais da competição.
Mesmo lutando bravamente e agüentando a pressão durante todo o primeiro tempo, os africanos não conseguiram êxito e acabaram sucumbindo no início da etapa final. Vieira, aos dez, e Henry, aos 15, construíram o placar necessário para a França continuar no Mundial e escapar de repetir o vexame de 2002, quando caiu fora na primeira fase sem marcar um único gol.
Com a vitória, o time francês garantiu a segunda colocação no Grupo G e ganhou o direito de enfrentar a Espanha, terça-feira, em Hannover. Se passar pela “Fúria”, decidirá uma vaga nas semifinais contra Brasil ou Gana.
Pressionada para vencer por uma diferença de dois gols e se classificar sem depender do resultado do jogo entre Suíça e Coréia do Sul, a França, mesmo sentindo falta de Zidane, suspenso, partiu com tudo para cima dos africanos e criou dez chances claras de movimentar o placar apenas na primeira etapa.
Enquanto Thierry Henry mostrava-se pouco inspirado, David Trezeguet esbanjava vontade, mas pecava na falta de pontaria. Nos pés do camisa 20 morreram seis excelentes oportunidades de gol, algumas delas graças a inspiração do goleiro Agassa, o melhor homem de Togo em campo.
O lance mais impressionate da primeira etapa aconteceu aos 39 minutos. Malouda mandou de longe, Agassa espalmou e, na sobra, defendeu dois chutes seguidos de Trezeguet, um deles em cima da linha de gol, para desespero do atacante francês. A única vez em que conseguiu superar o arqueiro, Trezeguet não pôde comemorar o feito, pois o árbitro Jorge Larrionda, de maneira acertada, invalidou o lance apontando impedimento do camisa 20.
Encurralada, a seleção de Togo chegou apenas duas vezes com perigo perto do gol de Barthez durante os 45 minutos iniciais, a primeira com Kader e a última com Salifou, mas ambas as tentativas pararam nas mãos do carequinha francês, que até “tentou”, mas não conseguiu entregar o ouro na segunda jogada.
No segundo tempo o ritmo manteve-se igual. A França chegando, sufocando, e Trezeguet perdendo um gol atrás do outro. Ribery, com “ciúmes”, repetiu o lance mais bisonho do primeiro tempo e marcou seu segundo field goal na partida, isolando a bola nas arquibancadas. Como o jogo em Colônia não era futebol americano, a partida continuou 0 a 0.
Quando desistiu de chutar a gol, Ribery mostrou competência. Aos dez minutos, deu assistência milimétrica para Vieira. O aniversariante do dia, com competência, finalmente superou Agassa e tirou a França do sufoco. Para completar seu presente, Viera, cinco minutos depois, desviou cruzamento de cabeça e Henry, acordado, cutucou para definir a classificação francesa para as oitavas-de-final.