A Espanha sofreu, mas conseguiu vencer sua segunda partida na Copa do Mundo. Sempre disposta a buscar o ataque, a Fúria chegou a levar um gol no início do jogo, mas foi persistente no segundo tempo e virou o placar sobre a Tunísia: 3 a 1. A vitória deu a classificação para os espanhóis às oitavas-de-final da Copa, enquanto praticamente acabou com o sonho dos tunisianos. Os méritos da vitória ficam com o técnico Luis Aragonés, que apostou em Raul e Fabregas na etapa final e colheu os frutos.
A Espanha apresentou desde o início da partida um futebol ofensivo, com descidas em velocidade e bolas alçadas da área. No primeiro lance de perigo, Villa quase abriu o placar com um chute de longe. No entanto, quem conseguiu chegar às redes foram os tunisianos. Em uma bobeada da defesa espanhola, Jaziri roubou a bola de Puyol, avançou e cruzou para o meio da área, onde Mnari estava posicionado para arrematar. Casillas ainda conseguiu defender a primeira batida, mas o rebote sobrou novamente nos pés do atacante, que não perdoou e mandou para as redes.
Sem se abater com o revés, a Fúria continuou dando as cartas no jogo, tocando pacientemente a bola no meio-campo. Debaixo de chuva fraca, os espanhóis passaram a arriscar mais chutes de longe, sem abrir mão dos cruzamentos na área. O mesmo estilo de jogo fora suficiente na estréia para a Espanha golear a Ucrânia.
Mas os artifícios pareciam não surtir efeito nesta segunda para furar o bloqueio tunisiano. Além disso, a equipe da África também seguiu respondendo em contra-ataques. No último lance da etapa, a Espanha teve sua melhor oportunidade. Xavi Alonso aproveitou cobrança de escanteio e cabeceou para longe do goleiro, mas Ayari conseguiu tirar de cima da linha.
No intervalo, Luis Aragonés sacou Marcos Senna e Luis Garcia para promover as entradas de Fabregas e Raul, que fez sua estréia nesta Copa do Mundo. A tática espanhola seguiu a mesma, com pressão sobre os tunisianos, que passaram a arriscar menos nos contra-ataques. A pressão, porém, revelou-se ineficiente e o nervosismo começou a prejudicar a Fúria.
Quando a partida estava em ritmo sonolento, Raul apareceu na partida para empatar. Aos 26, Joaquin cruzou da direita, Fernando Torres fez o corta luz e Fabregas chutou da entrada da área. O goleiro Boumnijel espalmou e Raul venceu a disputa com Trabelsi para estufar as redes.
No lance seguinte, a Fúria acabou com o sonho da Tunísia. Fabregas fez ótimo lançamento para Fernando Torres, que limpou o goleiro e mandou para o gol. O mesmo atacante ainda desperdiçou chance incrível logo depois, quando não conseguiu driblar novamente o arqueiro. Aos 44, o árbitro Carlos Eugênio Simon anotou pênalti de Yahia em Fernando Torres. O próprio atacante cobrou e deu números finais ao placar: 3 a 1.
Na última rodada do Grupo H, a Espanha cumpre tabela contra a Arábia Saudita, que ainda tem chances de classificação. Os tunisianos, por outro lado, buscam um milagre contra a Ucrânia.