– Sonolento e faltoso, Fluminense e Santos protagonizaram um “show de horrores” no Maracanã -poucos lances de emoção e uma partida muito fraca tecnicamente. O Peixe melhor em boa parte da partida, acabou levando a pior. Com um gol contra do zagueiro Luís Alberto, aos 25 minutos do segundo tempo, perdeu por 1 a 0, a invencibilidade na competição e agora divide a liderança do Campeonato Brasileiro com mais três rivais, incluindo o Tricolor.
O Peixe vê encerrada uma invencibilidade de dez partidas e, graças ao critério de desempate de número de vitórias, “perde” a primeira colocação para o Cruzeiro. A dupla, mais São Paulo e o próprio Flu, está empatada com 13 pontos.
O Fluminense jogou recuado a maior parte do jogo. No primeiro tempo, chutou apenas uma vez ao gol santista. O gol saiu em jogada inesperada, tanto para os tricolores quanto para os santistas, após algum esboço de reação dos cariocas. Foi uma resposta à torcida, desconfiada com a equipe após a eliminação para o rival Vasco na Copa do Brasil e que vaiou os jogadores (principalmente Lenny) por quase todos os 90 minutos.
Com a primeira vitória após quatro partidas de jejum, o Fluminense enfrenta agora o Fortaleza, na quarta-feira, no estádio Castelão. O Santos segue em sua ‘campanha carioca’ particular e agora enfrenta o Flamengo, novamente no Maracanã, também na quarta.
O jogo – O Santos começou melhor a partida no Maracanã, levando muito perigo à defesa do Fluminense. Logo aos quatro minutos, em jogada ensaiada, Rodrigo Tabata só rolou para Cléber Santana, que chutou de primeira e obrigou o goleiro Fernando Henrique a fazer grande defesa para defender, no ângulo.
Aos 13, uma jogada duvidosa. Rodrigo Tiuí invadiu a área e se chocou com Thiago. Enquanto o atacante pedia pênalti, a defesa tricolor afastou o perigo. Três minutos depois, a melhor chance do Peixe. Rodrigo Tabata fez boa jogada na área, Wellington Paulista chutou no travessão de Fernando Henrique. No rebote, Kléber cruza e Wendell cabeceia nas mãos do goleiro.
Na única jogada de perigo do Flu no primeiro tempo, aos 20, Marcelo recebeu passe de Romeu e chutou para fora. Oito minutos depois, o Peixe respondeu com Wellington Paulista, que viu o seu chute ser desviado pela zaga carioca.
Após um festival de lances errados e faltas feias, a torcida voltaria a suspirar no Maracanã apenas aos 42. Cléber Santana bateu falta forte, a bola desviou na barreira e saiu com perigo pela linha de fundo, à esquerda de Fernando Henrique.
Na volta do intervalo, Luxemburgo promoveu a estréia de Denis, contratado junto ao Ipatinga. A alteração surgiu o efeito no time adversário. Aos seis minutos, Petkovic recebeu passe de Lenny e cruzou rasteiro. Thiago, com o gol aberto, errou na hora de concluir para o fundo das redes.
A resposta do Santos veio dois minutos depois. Cléber Santana arriscou o chute de fora da área e Fernando Henrique fez boa defesa e espalmou pela linha de fundo. Em lance semelhante, aos nove, o goleiro do Flu salvou de novo, desta vez em um chute de Kléber.
O Peixe voltaria a assustar aos 19. Kléber arrancou em contra-ataque e cruzou para Wendell na área. O volante virou de primeira e, de bicicleta, mandou a bola por cima do travessão. No minuto seguinte, Geílson, que acabara de entrar, recuperou uma saída errada de bola dos cariocas e chutou, para outra boa defesa de Fernando Henrique.
A resposta do Tricolor aconteceria aos 22. Petkovic cobrou escanteio, Tuta cabeceou para o meio da área e ninguém apareceu para finalizar. Era o anúncio do gol, que aconteceria após falha da defesa santista. Quando ninguém espera, três minutos depois, Luís Alberto cabeceou contra a própria meta uma bola cruzada de longe e “abriu” o placar para os cariocas.
Com o gol inesperado, o Santos saiu ao ataque para tentar o empate. Aos 28, Wendell tentou o arremate de longe e Fernando Henrique espalmou. A resposta carioca veio logo em seguida, com Marcão conseguindo o desarme no meio-campo, tocando para Rogério e Tuta desperdiçou boa chance. O último lance do jogo também foi do Flu. Aos 41, Radamés cobrou falta com perigo para o gol de Fábio Costa.