A Corrida Internacional de São Silvestre vai reunir hoje (31) à tarde 20 mil participantes em São Paulo, 25% a mais do que em 2006. É a maior corrida já disputada desde o início da competição, em 1925, quando 48 atletas participaram.
A primeira etapa da prova começa às 15h15, com a largada, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), dos cadeirantes e atletas especiais.
Segundo os organizadores, a participação dos deficientes é recorde (131 atletas). Eles receberão assistência da Associação Desportiva para Deficientes (ADD). O forte calor, com previsão de atingir 34 graus, deverá influenciar no rendimento dos atletas que terão de percorrer 15 quilômetros.
Os dois pelotões de elite, masculino e feminino, largarão com diferença de apenas 15 minutos. As mulheres saem na frente, às 16h30. Três brasileiras disputam o bicampeonato: Lucélia Peres, de Paracatu (MG) ganhadora do título em 2006, Marizete Rezende, de Goiânia (GO) (vencedora de 2002) e Maria Zeferina Baldaia, de Nova Módica (MG) (vencedora de 2001).
Entre os favoritos ao título na categoria masculina está o brasileiro Frank Caldeira, de Sete Lagoas (MG), medalha de ouro na maratona dos Jogos Pan-Americanos do Rio e atual campeão da Silvestre. Ele ganhou ainda a Meia Maratona do Rio e o título de tricampeão da Volta da Pampulha.
Outro em condições de vencer é o brasiliense Clodoaldo Gomes da Silva, segundo colocado no ranking brasileiro de provas de rua, de 10 mil metros a meia maratona e vice-campeão da São Silvestre do ano passado.
Da participação estrangeira, os quenianos continuam sendo os maiores concorrentes com destaque para Robert Cheruiyot, bicampeão da São Silvestre, além de tricampeão da Maratona de Boston e campeão da Maratona de Chicago.
O ganhador receberá R$ 100 mil e os melhores colocados uma moto Yahama Neo, além de R$ 10 mil por quebra de recorde. A melhor marca foi obtida em 1993, quando a queniana Hellen Kimayo completou a prova em 43 minutos e 12 segundos. O recorde masculino também foi alcançado por queniano, Paul Tergat.
A Corrida São Silvestre foi idealizada pelo jornalista Cásper Líbero, inspirado pelas competições que ocorriam em Paris. A prova começou a ter a participação de estrangeiros em 1945 e 30 anos depois abriu espaço para a prova feminina diante da homenagem da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), que definiu 1975 como o Ano Internacional da Mulher.