Um mau que exterminou com futebol profissional de Cáceres por longos anos pode ser o fim do Cacerense, atual campeão Mato-grossense. O time, que é uma empresa privada, estaria mergulhado em dívidas, inclusive com fornecedores e pessoas físicas que ajudaram o clube a saldar débitos atrasados com os jogadores e a comissão técnica por ocasião da final da Copa Mato Grosso de 2007 contra o Luverdense.
Uma fonte ouvida pelo Jornal Oeste confirmou uma suspeita que a reportagem já tinha em relação a situação financeira do Cacerense Esporte Clube e, disse que ela tende a piorar porque o que o clube arrecada com patrocínios e a bilhetaria dos jogos disputados em casa não cobre as despesas, gerando uma “bola de neve” que acabará na falência do time.
“Para disputar o Campeonato Estadual e a Copa do Brasil, o time precisará de no minimo 35 mil reais por mês, e ele não arrecada isso”, disse um crônista esportivo que pediu para não ser citado.
Para piorar, não há a garantia de ajuda do governo estadual e o time que disputou as finais das três últimas principais competições do Estado foi desfeito.
“Se insistir em levar adiante um time desta maneira, o Cloves e o Cacerense vai acabar como acabou o Cáceres Esporte Clube”, sentenciou o torcedor Luiz Carlos Pessoa.
Apesar de ter sido criado a menos de cinco anos, o único patrimônio que o Cacerense possuí são os direitos federativos sobre cinco jogadores.
“Começou errado, mas deu sorte. Não vai longe desta maneira”, emendou o jornalista Gonzaga Júnior que ha muito tempo vem sugerindo a construção de um Centro de Treinamento e o desenvolvimento de um trabalho de base que mantenha o clube no futuro.
“O futebol de Mato Grosso hoje não existe no cenário nacional por esta razão. É preciso criar uma estrutura empresarial e mecânismos financeiros que sustente um Centro de Treinamento, trabalho de base e um time profissional”, explica.
Para Gonzaga enquanto isso não for feito Mato Grosso jamais voltará a elite do futebol brasileiro.
“O unico time do Estado que está próximo disso é o União de Rondonópolis. Lá só falta um planejamento financeiro mais profissional, pois o resto eles já tem”, explica se referindo ao Centro de Treinamento e o trabalho com as divisões de base.