Antes mesmo do início do campeonato estadual 2008, alguns clubes já cogitam ficar de fora. O Sorriso Esporte Clube, um dos representantes da região Norte, alegando falta de apoio financeiro para o profissional, deve pedir a liberação para a Federação Mato-grossense de Futebol e não participar. Em um comunicado divulgado pelo ‘Lobo’, é afirmado que “por falta de ajuda financeira e de um patrocinador de peso está muito difícil de conciliar uma equipe competitiva com poucos recursos, então preferimos nos ausentar no estadual e após rever os conceitos se é realmente o que a cidade de Sorriso almeja no futebol”.
De acordo com o coordenador de base Leocir Nazzari, o time profissional deve R$36 mil. Pelo menos R$35 mil devem ser repassados por meio da ajuda do governo, mas até o momento não chegou. “Não adianta empurrar com a barriga. Não temos preparadores físico e de goleiro e toda equipe teria que ser reformulada. O que acontece é que enquanto isso temos que ficar bancando as despesas”, declarou, ao Só Notícias.
Ainda conforme o clube, a solicitação deve ser oficializada no próximo dia 20, durante arbitral com a federação. “Com uma equipe competitiva teremos de unir a classe empresarial/políticos/população e os amantes do futebol, pois criticar é fácil mas na hora de trabalhar e puxar dinheiro do bolso são poucos diretores que aparecem”, acrescenta o comunicado.
Este ano, antes do início da Copa Mato Grosso, o SEC também ameaçou ficar de fora, devido as mesmas circunstâncias, mas acabou participando com um time jovem, formado por jogadores com até 18 anos, que se preparam para disputar em São Paulo, a Copa São Paulo Juniores.
Desde então, segundo Nazzari, não há jogadores na categoria profissional. O dirigente acenou que se haver interessados em tomar a frente do time e mediar as formação da equipe, o SEC ainda poderia participar do estadual.
A decisão em ficar de fora do estadual profissional do ano que vem não afetou as categorias de base, que continuam se preparando para a Copa São Paulo. “A base continua trabalhando e ainda temos crédito e saldo para andar”, concluiu Nazzari.