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Brasil perde para Alemanha em decisão de Mundial feminino de futebol

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O tão sonhado título mundial brasileiro foi adiado na manhã deste domingo. No estádio Honkou, em Xangai, na decisão da Copa do Mundo feminina, a Alemanha soube aproveitar sua experiência para neutralizar o talento mostrado pela seleção canarinho na competição e conquistou o bicampeonato do torneio com uma vitória por 2 a 0, gols de Prinz e Laudehr. De quebra, o time encerrou o torneio sem levar um gol sequer após cinco partidas.
Depois de um primeiro tempo tempo equilibrado, a equipe verde-amarela retornou perdida à etapa final e viu as adversárias abrirem o placar logo no início. Para piorar, a craque Marta, que não teve boa atuação, desperdiçou a chance de empatar aos 20 minutos da etapa, quando desperdiçou pênalti. Pouco antes do fim, Laudehr aproveitou escanteio e desviou para as redes, sacramentando a conquista germânica.

Mesmo com a derrota na decisão, o Brasil sacramentou uma participação histórica com o vice-campeonato mundial. A melhor participação da seleção brasileira havia ocorrido em 1999 com o terceiro lugar. Além disso, saiu da China com o mais elogiado futebol, principalmente pelo apresentação nas semifinais com a goleada sobre os Estados Unidos.

O jogo: A decisão da Copa começou muito movimentada, com as duas equipes partindo para o ataque. Logo aos quatro minutos, Garefrekes recebeu pela direita e bateu cruzado, assustando a goleira Andréia. Logo em seguida, porém, as brasileiras responderam em cobrança de falta: Daniela Alves cruzou, a zaga das rivais cortou parcialmente e Formiga arriscou rente a trave esquerda do gol alemão.

Aos 14 minutos, a Alemanha teve a sua melhor chance no primeiro tempo. Bresonik tabelou com Smisek e recebeu livre dentro da área. Porém, a meia não teve calma e bateu muito alto, por cima do gol brasileiro. Apesar do susto, o Brasil mantinha a posse de bola e se mostrava mais organizado em campo.

Com isso, o time canarinho quase abriu o placar aos 23. Elaine cruzou e a zaga da Alemanha fez o corte parcial. No rebote, Daniela Alves chutou de primeira e a bola explodiu na trave direita do gol de Angerer. Depois disso, porém, a defesa alemã mostrou porque não foi vazada por toda a competição e impediu as penetrações brasileiras. Diante da barreira, as brasileiras passaram a arriscar de fora da área. Antes do término do primeiro tempo, Formiga e Marta chutaram de longe, mas Angerer levou a melhor e defendeu as duas tentativas.

Já no segundo tempo, o selecionado germânico voltou impondo um ritmo muito forte e encurralou as brasileiras no campo defensivo. Logo aos três minutos, Behringer ficou com o rebote de um escanteio e por pouco não abriu o placar. Três minutos depois, porém, a artilheira Prinz levou melhor sorte e colocou as alemãs em vantagem. Depois de boa jogada de Smisek, a atacante bateu de primeira dentro da área e venceu a goleira Andréia.

“Desligado” desde o início da etapa final, o Brasil partiu para o ataque em busca da igualdade, mas parava na forte defesa da Alemanha, que mostrava solidez e impedia a penetração das rivais. Aos 12, Krahn aproveitou escanteio da direita, desviou de cabeça e por pouco não ampliou.

No entanto, em rápido contra-ataque aos 19 minutos, o time canarinho teve uma ótima chance para chegar à igualdade. Cristiane partiu com velocidade, invadiu a área e foi derrubada por Bresonik: pênalti. Marta cobrou mal e Angerer defendeu quase no centro do gol.

Logo após a atual melhor do mundo desperdiçar a penalidade máxima, a seleção mostrou personalidade e não se abateu. Ao contrário, aumentou ainda mais a sua busca pelo empate. Aos 23, Daniela Alves cobrou com precisão e Angerer novamente fez espetacular defesa. Dois minutos depois, Cristiane invadiu a área e bateu cruzado, com perigo.

Para aumentar ainda mais a pressão, o técnico Jorge Barcellos sacou a zagueira Tânia e colocou a atacante Pretinha na partida. Porém, a mudança não surtiu o efeito desejado e as alemãs, aos poucos, conseguiram reequilibrar a final. Valendo-se do desespero das rivais, o time germânico definiu o título aos 41. Depois de escanteio da esquerda, a volante Laudehr subiu mais que a defesa verde-amarela e desviou de cabeça, garantindo o bicampeonato para a Alemanha.

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