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Brasil é prata no masculino por equipes na ginástica artística

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A equipe masculina de ginástica artística do Brasil conquistou a medalha de prata neste sábado nos Jogos Pan-americanos. O resultado dos brasileiros é o mesmo de quatro anos atrás, em Santo Domingo.
Se na República Dominicana o Brasil foi superado por Cuba, no Rio a medalha de ouro ficou com Porto Rico, com 353,9 pontos. Os brasileiros foram segundo colocados com 353,6, enquanto os Estados Unidos marcaram 353,3 pontos e ficaram com o bronze.

Apesar de sonharem com o ouro, os atletas brasileiros afirmaram ter ficado satisfeito com o resultado final. “Perdemos por detalhes, mas fico feliz porque todos demos 100%”, analisa Mosiah Rodrigues, que também foi vice na República Dominicana.

O técnico Renato Araújo também demonstrou conformação com a segunda posição. “Cumprimos nosso objetivo de subir ao pódio”.

Para os porto-riquenhos, que tiveram de esperar duas horas entre o final de suas apresentações e a definição do pódio, o período foi de angústia. “A tensão foi grande, mas no final foi uma satisfação muito grande conseguir esta medalha de ouro”, comemorou Luis Rivera.

Além do pódio da equipe, o Brasil conseguiu classificar três atletas para a final do individual geral. Luis Anjos, o Guto, terminou em sexto, Victor Rosa, em nono; e Mosiah, em 11º. A presença de Victor no torneio individual, porém, não é confirmada. O ginasta machucou o pé esquerdo durante a apresentação desta tarde e aguarda liberação médica para competir.

A presença do público começou tímida, mas quando o Brasil iniciou sua apresentação pouco mais de 4 mil pessoas ocupavam seus lugares na platéia. Animada, a torcida aplaudia todos os atletas, mesmo nas quedas, mas mostrou que ainda não está acostumada à modalidade, tocando corneta, gritando e batendo palmas durante algumas apresentações.

A competição – Porto Rico fechou a primeira rotação em primeiro lugar, desbancando os Estados Unidos. Rivera foi o destaque do grupo com 88,650 pontos.

Apesar de não ter se saído muito bem no primeiro aparelho, cavalo com alças, os porto-riquenhos mantiveram um bom aproveitamento em todas as seis rotações. O melhor resultado foi obtido no salto, que somou 62,950 pontos com as quatro melhores notas.

Buscando sua primeira medalha pan-americana por equipe, o grupo é fruto de um projeto que já dura 11 anos, desde a criação de um Centro de Treinamento na cidade de Colônia. Para o treinador Jose Colón, ex-ginasta e responsável pela seleção desde os Jogos de Winnipeg-99, o segredo dos bons resultados é um só: sacrifício. “Passamos dois meses nos preparando para isso”.

A seleção brasileira competiu no segundo grupo, ao lado de Canadá, Argentina, Chile, Cuba, Equador, Bolívia e República Dominicana. A equipe foi apenas a quinta após a primeira rotação.

O estreante Adan Santos abriu a participação com problemas na barra fixa. Sofreu duas quedas. Na frente do aparelho, Diego Hypólito incentivava o amigo, que demonstrava bastante frustração, mas apoiado pelo público conseguiu completar a apresentação.

Danilo Nogueira, Guto, Mosiah e Victor não cometeram erros e animaram a torcida, que vaiou os árbitros por julgar que a pontuação dada foi baixa. A esperada apresentação de Diego no solo aconteceu na segunda rotação.

Como havia prometido, o brasileiro não correu riscos e não colocou nenhuma das duas versões do salto Hypólito. Mesmo assim, conseguiu a maior nota do torneio no aparelho:15,800. Victor pisou fora na primeira acrobacia e em falso na segunda. O brasileiro recebeu 14,850, mas deixou o tablado mancando com o pé esquerdo, que precisou receber proteção especial.

Na terceira rotação, os brasileiros foram para o cavalo com alças. Aparelho mais temido pelo grupo, acabou sendo o mais equilibrado nas apresentações da equipe. Para Adan Santos, a redenção veio nas argolas com uma série básica, mas sem falhas. O diferencial da equipe foi Danilo, que encerrou sua apresentação com muitas palmas da torcida e nota 15,000.

Sem falhas no salto, a equipe brasileira garantiu sua recuperação na tabela e assumiu a segunda posição geral. Danilo Nogueira abriu a última rotação, nas paralelas, com uma apresentação sem falhas e nota 14,350. A cada apresentação, a comissão técnica se empolgava mais. Faltando apenas Guto se apresentar, o Brasil estava em terceiro com 352,900 pontos, atrás de Porto Rico (353,900) e Estados Unidos (353,300).

Sem falhas, o brasileiro recebeu 15,050 e assegurou a prata para o país com 353,600 na soma geral.

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