O Santos continua sem vencer na Vila Belmiro pelo Campeonato Brasileiro. Após perder para América-RN e São Paulo e empatar com o Corinthians em seu estádio, neste domingo o time de Wanderley Luxemburgo ficou na igualdade sem gols com o Grêmio, seu algoz na Copa Libertadores da América.
O resultado complica os dois times, que amargam as conseqüências por privilegiar o torneio continental nas primeiras rodadas do nacional. O Santos soma apenas oito pontos e briga para sair da zona de rebaixamento, enquanto o Grêmio tem dez. Na terça-feira, os gaúchos enfrentarão o Juventude. Os paulistas visitarão o Vasco na quarta.
Ao contrário dos dois últimos encontros entre Santos e Grêmio, a partida deste sábado começou tranqüila na Vila Belmiro. Sem nenhum clima de revanche dentro de campo, os dois times encontravam dificuldades para criar jogadas ofensivas, mas facilidade na marcação.
Com um meio-campo completamente reformulado em relação àquele considerado melhor do país no início de 2007, o técnico Wanderley Luxemburgo sobrecarregou Pedrinho na armação do Santos. Ele preferiu escalar mais um zagueiro, Ávalos, para o lugar de Cléber Santana, cujo contrato se encerrou no dia da partida.
Pedrinho fez o que pôde para municiar a nova dupla de ataque do Peixe, composta pelos novatos Wesley e Moraes, porém esbarrou na sempre consistente marcação do Grêmio. Na defesa, no entanto, o Peixe também estava seguro, embora Maldonado ainda fosse desfalque por precaução. Adriano substituiu bem o chileno mais uma vez.
O Grêmio encontrava os mesmos obstáculos que o adversário. Ao abdicar das jogadas de linha de fundo – recurso que o Santos também poderia ter explorado mais com Alessandro e Carlinhos –, os gaúchos poderiam surpreender através dos chutes de longa distância. Nenhum deles foi certeiro no primeiro tempo.
Dez minutos após o intervalo, quando Santos e Grêmio seguiam distantes do gol, Luxemburgo decidiu mexer em sua equipe. O barrado Marcos Aurélio voltou a campo no lugar de Wesley. Em sua primeira boa chance, aos 14, ele quase colocou a bola no ângulo em cobrança de falta.
Apesar da aparente evolução do Peixe, o Grêmio assustava mais quando atacava – o que não significava muita coisa. Lúcio, com quem Mano Menezes se esgoelava à beira do gramado, caía de um lado para outro, abrindo espaços na defesa santista. No final, o trio de zaga dos donos da casa sempre levava a melhor sobre o gremista.
Ainda insatisfeito, Luxemburgo recorreu a mais dos meias que estavam no banco de reservas e sacou um dos seus defensores. Rodrigo Tabata e o estreante Vitor Júnior, de família colorada, substituíram Pedrinho e Ávalos. Já Mano trocou Sandro Goiano, Ramón e Gavilán por Edmílson, Nunes e Kelly.
O Santos até chegou a animar a torcida com seus dois novos homens de armação – Vitor Júnior com uma pedalada, inclusive –, mas não apresentou futebol suficiente para mudar o placar. O jogo fraco só lembrou mesmo os acirrados confrontos entre Peixe e Grêmio pela Libertadores quando Everton arrumou confusão com a zaga santista. Alessandro apartou.