A McLaren conquistou, neste domingo, a 14ª vitória de sua história no Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1. Em uma exibição de gala de Fernando Alonso e Lewis Hamilton, a escuderia britânica evitou qualquer ameaça da Ferrari de Felipe Massa e conquistou a segunda dobradinha da temporada.
Seguro, Alonso dominou a corrida de ponta a ponta, permitindo apenas as ultrapassagens de Hamilton em suas paradas nos boxes. O jovem estreante até mostrou arrojo e tentou acompanhar o ritmo do bicampeão, mas seguiu apenas conduzindo seu carro até cruzar a linha de chegada na segunda colocação – pela quarta vez consecutiva.
Apesar da regularidade do britânico, a liderança do campeonato voltou para as mãos de Alonso. Os dois chegaram aos 38 pontos no campeonato, mas o espanhol leva a melhor no desempate pelo número de vitórias. Felipe Massa foi a 33 e fica um pouco atrás da dupla, na terceira colocação.
A corrida também foi proveitosa para Giancarlo Fisichella. O experiente italiano completou a prova na quarta colocação – a mesma na qual largou – e colocou a Renault em sua melhor posição de chegada no ano. O Físico superou seu quinto lugar, conquistado no GP da Austrália, e chegou a 13 pontos.
Bastante regular, a BMW-Sauber colocou seus dois carros na zona de pontuação. Com um treino apenas regular, o polonês Robert Kubica foi o quinto colocado, uma posição à frente do alemão Nick Heidfeld em sexto. Os dois deram sete pontos para a escuderia e ficaram à frente da Williams de Alexander Wurz, que marcou seus primeiros dois pontos em 2007.
A Honda ficou mais uma vez fora da zona de pontuação, mas não decepcionou. Pelo contrário, a equipe japonesa mostrou alguma evolução e chegou a andar entre os oito primeiros em boa parte da corrida. No final, as paradas nos boxes acabaram prejudicam Rubens Barrichello e Jenson Button, respectivamente décimo e nono colocados.
Depois de problemas no treino e da largada na 16ª colocação, o finlandês Kimi Raikkonen mostrou uma boa corrida de recuperação e ainda conseguiu entrar na zona de pontuação. Depois de pagar seus pecados atrás de Jenson Button, Raikkonen se favoreceu de uma corrida discreta e regular, cruzou a linha de chegada em oitavo e somou um pontinho, chegando aos 22.
A corrida – Foi um verdadeiro passeio da equipe inglesa: largando na primeira fila, as McLaren não tiveram dificuldades para manter o domínio já no início da corrida. Com Alonso disparando na frente, Hamilton aproveitou a oportunidade para fechar a porta para Massa, que manteve a posição de largada, perseguido desde o início pela Renault de Giancarlo Fisichella.
Como é tradição em Monte Carlo, as primeiras voltas foram de estabilidade de posições, com as pouca ultrapassagens restritas à largada e ao pelotão intermediário. Quem se deu bem com isso foi Rubens Barrichello, que largou em nono e foi ganhando posições, chegando a sétimo logo no início.
As primeiras mudanças de posições ficaram reservadas para as paradas nos boxes, por volta da 25ª volta. Hamilton chegou a liderar e fazer a melhor volta logo no pit stop de Alonso, quando a McLaren do estreante era mais leve. Com Massa ainda em terceiro e Fisichella em quarto, Heidfeld e Rubinho se alternavam no quinto posto antes de abastecerem.
Largando da oitava fila, o finlandês Kimi Raikkonen fazia uma corrida de recuperação. Apesar do tempo perdido atrás do britânico Jenson Button, Riakkonen contava com as paradas dos boxes e com os abandonos dos concorrentes à sua frente para ganhar posições. Ele chegou a andar em sétimo, mas foi um dos últimos a reabastecer e saiu da zona de pontuação.
A disputa dos boxes entre McLaren e Ferrari foi para o segundo assalto na 45ª volta. Mais uma vez, Hamilton assumiu a liderança na troca de Alonso, com o espanhol retomando a liderança na passagem de seu companheiro pelo pit. A estratégia foi decisiva para determinar a vitória do atual bicampeão, mesmo com a tentativa de reação por parte de Massa, que retardou a parada para aproveitar o carro mais leve.
Com a dobradinha praticamente assegurada, Lewis Hamilton aproveitou-se da queda de rendimento de Fernando Alonso – agora com pneus macios – e encostou no companheiro. O então líder do campeonato ainda deu um susto no final da prova ao passar pela zebra e acertar o guard rail, mas nada que prejudicasse sua segunda colocação.