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Santos vence Caracas e se classifica na Libertadores

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O Santos fez jus ao coro que embalou a conquista do bicampeonato paulista no mata-mata da Copa Libertadores da América. Nesta quinta-feira, dia em que o técnico Wanderley Luxemburgo completou 55 anos, o “time da virada” sofreu dois gols do Caracas no primeiro tempo, mas reverteu o placar para 3 a 2 e conseguiu sua classificação na Vila Belmiro.
O destaque do Peixe no confronto foi o meia Zé Roberto. Após o zagueiro Adaílton (que acabou expulso) marcar mais um gol importante para o clube – ele já havia aberto o placar na decisão estadual contra o São Caetano –, o camisa dez balançou as redes outras duas vezes, sempre com categoria. O atacante Marcos Aurélio participou dos três tentos do Santos.

Com a virada em cima do Caracas, o Alvinegro avançou para enfrentar o América nas quartas-de-final da Libertadores. As partidas acontecerão em 16 e 23 de maio. Antes disso, no entanto, o Peixe se preocupa com o Campeonato Brasileiro. O atual bicampeão paulista estreará neste domingo no Nacional, contra o Sport, em Recife, com um time misto.

Animado pela conquista do título estadual, o Santos começou a partida desta quinta-feira envolvendo o Caracas. Pedrinho e Zé Roberto movimentavam-se bastante no meio-campo, dificultando o trabalho dos marcadores venezuelanos. A pressão inicial, porém, não resultou em nenhuma chance clara de gol para o Peixe.

Do outro lado, o Caracas compensava a deficiência na criação com chutões para frente, que não chegaram a incomodar Fábio Costa. Com o tempo, as bolas esticadas para o ataque transformaram-se em finalizações de longa distância. O primeiro a tentar foi González, aos 18 minutos, quando o goleiro do Santos só olhou a batida passar por cima.

Se as investidas dos venezuelanos com a bola rolando não surtiram efeito, uma cobrança de falta culminou no primeiro gol da partida. A jogada já havia sido apontada como arma do Caracas pelos santistas durante a semana. A precaução não adiantou. Aos 22, José Manuel Rey encheu o pé e acertou o canto de Fábio Costa. Silêncio momentâneo na Vila Belmiro.

Ao som de “o Santos é o time da virada, o Santos é o time do amor”, que ecoou pela primeira vez das arquibancadas pouco após o gol dos visitantes, o Peixe tentou reagir. Mas, passados dez minutos, sofreu outro golpe. Em lance de contra-ataque, aos 32, Olivares cruzou da direita, Carpintero se antecipou a Adaílton e cabeceou para as redes.

Apesar do susto, o Peixe não se desesperou. Pedrinho e Zé Roberto seguiam dominando o meio-campo e davam esperanças à torcida. Quem trouxe maior alegria ao público, contudo, foi um zagueiro. Aos 34, o predestinado Adaílton descontou. Marcos Aurélio avançou pela direita e rolou a bola para o beque, dentro da área e de primeira, colocar no ângulo.

Foi o suficiente para a Vila Belmiro virar novamente um caldeirão. Empurrado por seus torcedores, o Santos acuou o Caracas no campo de defesa. O empate veio ainda no primeiro tempo. Kléber, que já vinha participando de boa parte das investidas do Peixe, passou para Marcos Aurélio fazer nova assistência, agora da esquerda. Zé Roberto completou de letra, aos 40 minutos. Golaço.

O intervalo esfriou o Santos, que demorou alguns minutos para demonstrar a mesma força ofensiva do término da etapa inicial. Aos 10 minutos, Cléber Santana tabelou com Marcos Aurélio, porém não conseguiu o mesmo que Adaílton e Zé Roberto. O goleiro Toyo chegou primeiro. Na seqüência, Pedrinho também tentou jogada com o atacante. E concluiu para fora.

Diante do panorama da partida, com um Caracas que limitava-se aos contra-ataques, o técnico Wanderley Luxemburgo resolveu entrar em ação. Assim como na final do Paulistão, quando foi feliz com a entrada de Moraes, ele apostou em um jovem atacante. O prata-da-casa Renatinho substituiu Jonas, enquanto Rodrigo Tabata entrou no lugar de Pedrinho.

O Peixe ganhou velocidade com as alterações. E contou com seu craque, o experiente Zé Roberto, para chegar ao placar favorável. Aos 21 minutos, outra vez Marcos Aurélio serviu o camisa dez, que protegeu da marcação e chutou no canto: 3 a 2, a virada do Santos.

Após o terceiro gol, o clima voltou a ser festivo na Vila Belmiro. O Caracas não tinha forças para investir contra Fábio Costa, e o Santos passou a administrar o resultado positivo. Luxemburgo ainda trocou Marcos Aurélio pelo zagueiro Marcelo antes do apito final, mas perdeu Adaílton, expulso por falta dura em Carpintero. Satisfeita com o “time da virada”, a torcida do Peixe terminou o jogo com dois pedidos: “fica, Zé Roberto” e “vamos ser tri, Santos”.

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