Empolgado por entrar no G-4 do Paulistão pela primeira vez com a vitória sobre o Sertãozinho, o Palmeiras foi confiante a Ipatinga, mas deixou a cidade mineira com uma derrota por 2 a 0 e longe das oitavas-de-final da Copa do Brasil. Por isso, neste sábado, às 18h10, no Palestra Itália, a palavra de ordem no elenco é “esquecer” o jogo de quarta-feira e manter o foco somente no Paulistão.
“Copa do Brasil é algo para pensarmos lá na frente. Agora temos de focar somente no Marília. É hora de trabalhar com coerência e saber administrar a derrota, pois teremos uma nova decisão pela frente e não há tempo para lamentar”, avisou o técnico Caio Júnior.
O técnico ainda não poderá contar com o chileno Valdívia, que estará servindo a seleção de seu país em jogo amistoso contra o Brasil. Sem o chileno em campo, o Palmeiras não venceu ainda em 2007. Empatou com Santos e Bragantino e foi derrotado por Ituano e Ipatinga. “A importância do Valdívia é inquestionável e os números provam isso”, sintetizou o técnico.
Para compensar a ausência do dez chileno, o técnico terá a volta do atacante Edmundo, poupado do jogo contra o Ipatinga. “O Edmundo volta, com certeza, cumprindo o planejamento determinado antes do jogo contra o Ipatinga”.
A volta do Animal, no entanto, não será a única mudança da equipe em relação ao time que perdeu para o Ipatinga. Sem Cristiano, afastado por um mês, e precisando da vitória, Caio Júnior vai abrir mão do esquema com três volantes. Desta forma, sacará Francis, colocará Edmundo na armação e escalará William no ataque, ao lado de Osmar.
“O William entrou muito bem no jogo contra o Ipatinga e deve começar contra o Marília”, simplificou Caio Júnior, sem se incomodar em colocar em campo um time com três canhotos (Martinez, Michael e o próprio William).
“Não vejo problema nenhum e acho que isso é um pouco de preconceito. No futebol de salão, muitas vezes um canhoto é escalado do lado direito. Tudo depende da adaptação”, explicou o treinador.
Nas demais posições, o Palmeiras será o mesmo que atuou em Ipatinga, exceto pelo espírito. “A lição que fica é a de que temos de ter atenção e ser organizados durante os 90 minutos, e isso é que foi passado para os atletas”, resumiu Caio Júnior, ainda inconformado com o gol sofrido aos 47 minutos do segundo tempo em Minas.
O técnico classificou o Marília como um adversário perigoso e previu um duelo difícil a começar pelo treinador rival, Lori Sandri. “O Lori tem história no futebol, e se está no Marília vamos precisar de atenção. Será um jogo difícil. Se for 1 a 0, com gol aos 45 do segundo tempo, já está de bom tamanho”.
No Marília, o técnico Lori Sandri terá vários problemas para montar sua equipe. A começar pelo zagueiro Gum, que acusou problemas musculares e terá de ser poupado. Em seu lugar, retorna Rogério, liberado pelo departamento médico do MAC.
Ao seu lado, Rogério terá o experiente Dedimar e Leandro Camilo, formando o tripé defensivo e colocando o Marília no 3-5-2, cauteloso e apostando nos contra-ataques no Palestra.
No setor ofensivo, o problema será a ausência do artilheiro Wellington Amorim, autor de seis gols no Paulistão. O jogador recebeu o cartão vermelho na vitória sobre o Rio Branco e terá de cumprir suspensão automática. Se for liberado pelo DM, o veterano Basílio será seu substituto. Caso fique no banco, Lori Sandri avançará Fabiano Gadelha para o ataque, formando dupla com Wellington Silva.
Para amenizar os problemas, Lori terá o retorno de Max Carrasco no setor de meio-campo. Rafael Gaúcho, contundido, dará seu lugar a Alex Braz na ala esquerda da equipe. O Marília precisa da vitória para se afastar definitivamente da zona de rebaixamento do Paulistão.