”O futebol mudou”. Com essa expressão, o técnico Muricy Ramalho impôs sua opinião de que não é preciso apimentar o clássico de domingo entre Santos e São Paulo com declarações polêmicas para chamar o torcedor a comparecer na Vila Belmiro.
“Não tem clima de decisão, apenas clima de clássico. Vocês (jornalistas) querem fazer onda, está duro para me cutucar, hoje não estou bom para isso. Não vai dar para me irritar”, avisou o comandante são-paulino, depois do treino desta sexta-feira no CT da Barra Funda.
Questionado sobre o fato de polêmicas chamarem os torcedores ao estádio , Muricy Ramalho respondeu:” Vocês vão ver se ninguém vai lá. Não tem mais nada disso. Isso já é chatinho. Pagaria ingresso para ver um bom jogo”, afirmou.
Conhecido por seu estilo simples de lidar com os problemas, Muricy Ramalho avisa que sua personalidade não tem frescuras. Ele reconhece que é bem diferente de Wanderley Luxemburgo, técnico do adversário de domingo na Vila Belmiro.
”Ele gosta de usar terno, fica até bonito nele. Também fala bonito, eu não. Cada um, cada um. Não estou aqui para impressionar. Tem que respeitar o jeito dele. Por mim, usaria bermuda e chinelo durante o dia todo”, disse Muricy Ramalho.
Memória falha – Muricy Ramalho também procurou minimizar um importante detalhe histórico. O Santos foi o responsável pela quebra da maior invencibilidade da história do São Paulo, de 47 partidas, entre 10 de novembro de 1974 e 7 agosto de 1975. Atualmente, o Tricolor acumula 27 jogos sem perder.
“Isso é conversa mole, estatística, número. Não lembro, não sei e não levo em consideração. Tinha jogador do São Paulo que não era nem nascido”, finalizou o comandante campeão brasileiro.