Morreu aos 30 minutos desta sexta-feira no Hospital Jardim Cuiabá vítima de falência multipla dos órgãos devido a uma cirrose hepática o ex-jogador José Silva de Oliveira, 57 anos, o “Bife”, o maior artilheiro da história do Verdão e que se consagrou defendendo as cores do Mixto, Operário, Comercial de Campo Grande e que teve uma brilhante passagem pelo futebol português tendo jogado no Belenense e no Porto. O corpo do ex-craque será velado no ginásio do Verdinho, no CPA. O enterro será no Cemitério Municipal de Várzea Grande. A família ainda não definiu o horário.
Vítima de cirrose hepática Bife passou os últimos dias internado em três hospitais. Primeiro foi para o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, depois para o hospital Universitário Julio Muller e, por último, para o Hospital Jardim Cuiabá onde teve seu quadro de saúde piorado, vindo a falecer nos primeiros minutos desta sexta-feira.
Maior craque que já passou pelo futebol mato-grossense, José Silva de Oliveira, ou simplesmente Bife enfrentou o alcoolismo e o excesso de cigarros, os mesmos problemas enfrentandos por tantos outros jogadores brasileiros como o grande Garrincha que não suportava o fim da carreira, a falta de entrevistas, a bola e a fama. Como Garrincha acabou se enveredando pela bebida. Morreu pobre. Mas foi rico em seu futebol que encantou os torcedores por onde passou.
Nos campos, Bife era evocado como a “fúria negra”. Só no Verdão emplacou 92 gols, um recorde ainda mantido. Na vida, soma uns 800. A paixão pelo futebol começou cedo, aos 12 anos. O apelido veio de uma cena engraçada. Dividia o tempo das bolas com o de engraxate, vendedor de pães, carregador de malas. E foi num destes serviços que, com fome começou a comer uma marmita que deveria entregar. Nela tinha um bife que devorou com rapidez. Os amigos virão a cena e passaram a lhe chamar de Bife, apelido que o levou à fama.
Bife deixa a esposa Regina, 34, com quem tem uma filha de 7 anos, Rita de Cássia. E de seu primeiro casamento mais 5 filhos.
O futebol lhe deu alegrias, mas não fortuna. Morreu deixando de herança uma casa popular que ganhou da prefeitura de Várzea Grande e um Chevett branco, 86. E só.