Com muita eficiência e um homem a menos, o Internacional venceu o Estudiantes por 1 a 0 nesta quarta-feira e saiu em vantagem na decisão da Copa Sul-americana. O colocado viu o argentino Guiñazu ser expulso ainda no primeiro tempo, mas não desperdiçou sua melhor oportunidade e marcou de pênalti para garantir a vitória.
Alex foi o autor do gol, aos 35 minutos do primeiro tempo. No restante do jogo, o time respeitou o adversário e se segurou como pôde contra os avanços de Verón e seus atacantes. Com o tempo, o time argentino foi perdendo a paciência junto com a torcida, deixando o clima mais tenso para o anfitrião do que para o visitante.
As equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, às 22 horas (de Brasília). A partida decisiva acontece no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre (RS). Basta um empate ao Internacional para garantir o título da competição, feito inédito para times brasileiros. Vitória por um gol de diferença para os argentinos leva a decisão para os pênaltis – o critério de gol marcado fora de casa não é válido para a final.
O jogo – Estudiantes e Internacional começaram o jogo com ritmo cadenciado, se estudando. A equipe argentina apostava nos chutes de longa distância e cruzamentos na área, enquanto o Colorado tentava triangulações entre D’Alessandro, Nilmar e Alex sem se arriscar no campo de ataque.
Assim, a primeira etapa era equilibrada para todos os jogadores, exceto o volante Guiñazu: aos 5 minutos de jogo o volante do Inter recebeu o primeiro cartão amarelo e, aos 25, o segundo, sendo expulso de campo no momento em que o Estudiantes começava a pressionar – Lauro havia salvado os brasileiros duas vezes, em perigosas faltas.
O Colorado então recuou a marcação para segurar o avanço do rival, esperando pelo momento certo de atacar. Esse momento chegou aos 33 minutos, quando Nilmar recebeu lançamento em cobrança de lateral e forçou a disputa com o zagueiro Desábato. Foi derrubado dentro da área e o árbitro Carlos Amarilla marcou pênalti.
Com frieza, Alex cobrou duas vezes em lados diferentes para abrir o placar – na primeira oportunidade, Magrão invadiu a área, forçando a anulação. Pouco depois, D’Alessandro cavou falta na intermediária e quase ampliou na cobrança: o goleiro Andújar desviou, a bola acertou a trave e voltou para suas mãos, dando um susto nos torcedores argentinos.
O Internacional voltou após o intervalo para se segurar, mas quase ampliou o placar logo aos 3 minutos do segundo tempo, quando Angeleri recuou mal e deixou a bola nos pés de Nilmar, dentro da grande área. O jogador avançou, mas Andújar fechou bem o ângulo e evitou o segundo gol.
Bem postada, a zaga colorada conseguia segurar os avanços do Estudiantes, enquanto Nilmar era o único homem dando combate no campo de ataque. Assim, aos 20 minutos o técnico Rubén Astrada já havia feito três alterações jogando a equipe argentina de vez para o ataque. Com a boa marcação, o anfitrião apelava sem sucesso para as bolas alçadas na área.
Erros e mais erros de passe minavam as jogadas do Estudiantes, que tinha Verón cansado e apagado. No Inter, o cansaço físico dificultava os contra-ataques e, assim, a torcida argentina que lotou o estádio Ciudad de la Plata ficava cada vez mais nervosa com a derrota. A pressão nos minutos finais não deu resultado e o Colorado terminou com a vitória.