A goleira sinopense Aline Camila Bossa, que defende a seleção brasileira sub-17, no mundial da categoria, disputado na Nova Zelândia, é destaque em reportagem do site da Federação Internacional de Futebol (FIFA), que promove o mundial. Apesar da seleção ter perdido os dois jogos que disputou, as defesas de Aline chamaram a atenção e a entidade comparou o começo da carreira da goleira, com a de outro goleiro sinopense, Rogério Ceni, mencionando na manchete que Sinop é terra de bons goleiros.
Na entrevista, a jovem falou da família, do começo da carreira em Sinop, a Copa do Brasil que disputou pelo Mixto no final do ano passado e da experiência de ser a goleira da seleção. Perguntada sobre a inspiração para jogar futebol, disse ao FIFA.com, que se espelhou no irmão. “A minha principal inspiração foi o meu irmão, que foi goleiro também”.
Ao ser indagada sobre como chegou ao gol da seleção aos 16 anos, jogando no Nortão, disse: “Em Mato Grosso não é muito fácil de encontrar clubes e não há realmente uma história de sucesso no campo”, explicou ao repórter. “Joguei minha primeira Copa do Brasil tendo que viajar 500 quilômetros até Cuiabá. Só joguei um jogo, então me machuquei. Mas, no final do torneio, recebi uma mensagem dizendo que eles estavam selecionando meninas para a equipe Sub-17 e eu fui selecionada”, lembrou.
No final da entrevista, respondeu sobre o que pensa para o futuro. “No futebol feminino no Brasil não existe muitas oportunidades, ainda é muito difícil. Preciso me concentrar nos estudos, tentando jogar futebol ao mesmo tempo. Todas as meninas nesta equipe desejam continuar jogando, mas o futuro é muito incerto”, finalizou.
Aline faz o terceiro jogo na copa, amanhã, contra a Nigéria, na cidade de Christchurch. O Brasil tem que vencer e torcer por uma vitória da Inglaterra sobre a Coréia do Sul. Neste caso, a classificação em segundo lugar no Grupo D poderá ser decidida no saldo de gols – Nigéria e Coréia do Sul têm saldo zero, e o Brasil, saldo negativo de quatro gols.