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Brasil faz 3 sets a 1 e é campeão olímpico no vôlei feminino em Pequim

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“Depois de tanto sacrifício, de tanto sofrimento, eu tenho certeza de que alguma coisa boa está reservada para a gente”. Pouco mais de um ano atrás, foi desta forma que a levantadora Fofão encerrou uma das inúmeras entrevistas na qual tentava explicar outra incrível derrota em uma decisão, no caso a perda da medalha de ouro para Cuba em casa, nos Jogos Pan-americanos. Pois neste sábado, na China, a recompensa chegou: com uma vitória sobre os Estados Unidos por 3 sets a 1, parciais de 25/15, 18/25, 25/13 e 25/21, o Brasil, da capitã Fofão, sagrou-se campeão olímpico dos Jogos de Pequim 2008.

O feito, histórico, foi a última aparição da levantadora com a camisa verde-amarela, a qual veste há nada menos que 18 anos. Uma despedida de gala, com grande atuação da atleta que teve a tranquilidade de passar boa parte de sua carreira no banco de Fernanda Venturini. Após o trauma da semifinal dos Jogos de Atenas, quando o Brasil perdeu um jogo praticamente ganho diante da Rússia, Fofão chegou a anunciar sua saída da seleção, mas foi convencida pelo técnico José Roberto Guimarães a ficar para um último ciclo olímpico.

Zé Roberto, aliás, que finalmente conquista a sua redenção depois de quatro anos passados sob imensa desconfiança, um sentimento embasado por outra derrotas doídas, como as finais do Mundial-2006 e Pan-2007, onde mais uma vez a equipe nacional teve grandes oportunidades de conquistar o ouro, mas falhou. Dezesseis anos atrás, o treinador já havia feito história ao levar o time masculino ao título dos Jogos de Barcelona. Assim como em 2008, poucos acreditavam na conquista do ponto mais alto do pódio.

Ao contrário do que costuma ocorrer em confrontos decisivos no vôlei feminino de seleções, a final de Pequim-2008 foi disputada entre duas equipes que não trocaram nenhuma provocação antes da partida. Não porque as jogadoras estavam sob um regime do politicamente correto, mas sim porque as atletas são amigas fora da quadra. A meio-de-rede dos Estados Unidos, Danielle Scott-Arruda é casada com o ex-jogador brasileiro Eduardo Pezão, e atuou ao lado de muitas das rivais deste sábado nas últimas temporadas.

O clima de amizade entre as duas equipes é tanto que este ano Brasil e Estados Unidos fizeram jogos-treinos em território norte-americano, com vantagem para as brasileiras. Pouco antes do início dos Jogos, já em Pequim, as duas equipes voltaram a compartilhar a preparação, com a equipe verde-amarela vencendo por 5 sets a 0. Pouco antes, na disputa da fase final do Grand Prix, o Brasil também havia imposto uma derrota às rivais deste domingo por 3 sets a 0.

Apesar de todo o histórico favorável ao Brasil e da falta de títulos de expressão no cenário internacional nos últimos anos, os Estados Unidos não foram um rival fácil. Depois de um início irregular nas Olimpíadas, as comandadas da técnica chinesa Lang Ping, uma das maiores jogadoras da história do vôlei, embalaram com grandes vitórias sobre as favoritas Itália e Cuba, respectivamente nas quartas-de-final e na semifinal da decisão.

No primeiro set, as norte-americanas até começaram bem e mantiveram as ações equilibradas até o primeiro tempo técnico. O problema é que elas não contavam com a eficiência de Sheilla no ataque e o brilho de Fofão, que deixava o bloqueio norte-americano completamente perdido. Apesar de algumas falhas pontuais na defesa, o Brasil não teve dificuldade para fazer 25 a 15 em apenas 22 minutos.

O panorama mudou na etapa seguinte, quando os Estados Unidos passaram a forçar o saque em cima de Mari. A ponteira não mostrou a mesma regularidade no passe que vinha apresentando até então e logo as rivais assumiram a ponta com grande vantagem. Atrás no placar, todas as jogadoras da equipe nacional passaram a errar excessivamente a recepção. Sem o passe na mão de Fofão, o ataque também se tornou ineficiente e as norte-americanas empataram a partida.

O domínio imposto pelos Estados Unidos acordaram as brasileiras no terceiro set. Com a equipe acertada na defesa, Fofão voltou a distribuir bem as bolas, permitindo que Paula Pequeno, Mari e principalmente Sheilla utilizassem todo o seu repertório de jogadas de ataque. Dessa forma, o Brasil não teve problemas para fazer 25 a 13.
O quarto set foi o mais dramático, com os dois times trocando ralis e se alternando na liderança da etapa. Com contornos dramáticos, o set foi se desenvolvendo com ninguém conseguindo escapar no placar, até que o bloqueio do Brasil brilhou na reta final da etapa. Um erro de ataque da melhor jogadora dos Estados Unidos, Logan Tomdeu número finais ao jogo, fazendo imediatamente jogadoras e comissão-técnica da equipe caírem em lágrimas.

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