O São Paulo entra em campo nesta quarta-feira no Morumbi, às 21h50, diante do Nacional, do Uruguai, em estado de alerta. Apesar do empate no jogo de ida, o Tricolor sabe que necessita de todos os cuidados no encontro que vale vaga para as quartas-de-final da Copa Libertadores da América. Um gol do time uruguaio pode ser decisivo no confronto.
Com o placar de 0 a 0 em Montevidéu, o São Paulo precisa vencer o jogo. Uma nova igualdade sem gols leva a decisão para os pênaltis. Todavia, qualquer empate com gols beneficia o Nacional para enfrentar o Fluminense na próxima etapa.
“Desta vez, nós não podemos jogar com o regulamento. O resultado é deles. Qualquer empate é deles, inclusive esse 0 a 0 que levará a decisão para os pênaltis”, alerta o goleiro Rogério Ceni, que disputa sua quinta Libertadores seguida pelo Tricolor.
Na competição sul-americana, o São Paulo encontra clara dificuldade em marcar gols. Em sete partidas da Libertadores, o bicampeão brasileiro balançou as redes em apenas seis oportunidades. “A gente ainda tem dificuldades na criação. A marcação, a gente vai acertando. Na Libertadores, fizemos poucos gols, mas tomamos poucos gols”, lembra Rogério Ceni, confiante que o sistema defensivo pode ser decisivo nesta quarta-feira.
Do lado do Nacional, a ordem é buscar um gol para complicar a vida do São Paulo no Morumbi. “Sabemos que vai ser uma partida muito complicada, mas pensamos em fazer um gol para ficarmos mais tranqüilos e deixar o São Paulo com a obrigação de marcar dois”, confirma o goleiro Aléxis Viera.
No jogo de ida, os jogadores do São Paulo reclamaram muito da violência utilizada pelo adversário. Tanto que o volante Hernanes e o meia Jorge Wagner ainda estão em recuperação no departamento médico. No Tricolor, a exigência é para uma arbitragem rigorosa do argentino Héctor Baldassi.
“O árbitro que vem é muito bom, extremamente educado. Tenho certeza de que ele vai ter uma pegada diferente. Eu gosto do estilo de arbitragem da Libertadores, mas, na partida de ida, o árbitro (o chileno Rubén Selman) deixou correr demais”, reclama Rogério Ceni.
As lamentações são-paulinas repercutiram negativamente junto ao Nacional. O técnico do time uruguaio, Gerardo Pelusso, mandou um recado ao bicampeão brasileiro: “Nosso time não é violento. O São Paulo jogou tão duro quanto o Nacional. No primeiro tempo de Montevidéu, fizemos apenas nove faltas contra 20 do nosso adversário”, compara.
Devido aos problemas físicos, o São Paulo deverá anunciar sua escalação apenas momentos antes da partida. O meia Jorge Wagner, com dores no joelho, é o principal problema. Destaque do segundo tempo em Montevidéu, Hugo aparece como opção para o time titular. No Nacional, a dúvida está no ataque, entre Fornaroli e Vera.