O Santos provou que o San José é um adversário frágil quando está abaixo dos 3.700 metros da cidade de Oruro, na Bolívia. Nesta terça-feira, na Vila Belmiro, os comandados de Emerson Leão não tomaram conhecimento do time que tirou sua invencibilidade na Copa Libertadores e golearam por 7 a 0, com quatro gols de Molina. Domingos, Kléber Pereira e Quiñonez completaram o placar.
O resultado positivo deixou o Santos na vice-liderança do grupo 6 com sete pontos ganhos, um a menos que o Cúcuta, da Colômbia. O San José soma quatro e o Chivas Guadalajara, apenas três. Depois de encerrar sua participação no Campeonato Paulista contra a Ponte Preta, domingo, o Peixe voltará a campo pela Libertadores na quarta-feira de 9 de abril, diante do lanterna da chave, no México.
O jogo – A surpresa de Leão na escalação do Santos foi a presença de Rodrigo Tabata no lugar de Sebastián Pinto, que não aproveitou suas seguidas chances entre os titulares. O teste ao sistema com dois armadores e não mais três atacantes, entretanto, não serviu, diante da fragilidade da marcação do San José.
Apesar da nítida dificuldade para se organizar em campo, a equipe boliviana esbanjava determinação. Empurrado por seus torcedores, presentes na Vila Belmiro em número considerável, o San José não era cauteloso a ponto de jogar somente na defesa, conforme antevira Leão. Mas a vontade não era suficiente para equilibrar o confronto.
Em pouco tempo, o Santos passou a dominar a partida e a criar chances reais de gol, que finalmente saiu em jogada de bola parada aos 17 minutos. Kléber levantou na área com precisão em cobrança de falta e Domingos, em posição legal, cabeceou livre de marcação para as redes. Festa santista na Vila.
À frente no placar, o Santos ficou ainda mais soberano na partida. Bastaram cinco minutos para Molina ampliar. O colombiano clareou e arriscou da entrada na área, fazendo a bola quicar no meio do caminho, sem chances para o goleiro Vaca: 2 a 0. Do outro lado do campo, Fábio Costa, com quatro pontos no cotovelo esquerdo, apenas assistia ao jogo.
Tudo indicava que o placar do primeiro tempo seria aquele que Leão considerava justo para a etapa inicial da partida realizada na Bolívia, 4 a 0. Quase o Santos conseguiu. Aos 32, a defesa do San José contribuiu ao afastar mal a bola. Molina aproveitou e conferiu com chute rasteiro, mas não conseguiu marcar o quarto gol ainda antes do intervalo.
No segundo tempo, todavia, o panorama do jogo não mudou. Para piorar, Palacios já havia deixado o San José com um jogador a menos ao cometer falta dura em Kléber e receber cartão vermelho depois do terceiro gol santista. E, logo aos 7 minutos, Wesley também teria balançado as redes se não estivesse em posição irregular.
Mas não demorou muito para o Santos aumentar o marcador. Aos 18, Molina, o nome do jogo, completou cruzamento de Kléber com um belo sem-pulo: 3 a 0. No meio da partida, a torcida já gritava “olé” e aplaudia cada substituição de Leão, mas ainda havia tempo para outros gols. O artilheiro Kléber Pereira, aos 34, aproveitou bola alçada na área em cobrança de falta para enfim fazer o seu, em posição duvidosa.
E até o questionado Michael Jackson Quiñonez marcou, dois minutos depois. Em sua melhor apresentação pelo Santos, o equatoriano, substituto de Rodrigo Tabata, livrou-se da marcação de Alvarenga e tocou, com categoria, na saída do goleiro Vaca. Coube a Molina fechar o placar, aos 41, com uma finalização rasteira.