A partida não tem o mesmo apelo que ganhou em 1991, quando as equipes decidiram a final do Campeonato Brasileiro. Mas no que toca aos interesses do São Paulo, o jogo deste domingo, contra o Bragantino, às 16h, no estádio Marcelo Stefani, é encarado como decisivo para as suas pretensões no Campeonato Paulista tanto quanto o duelo de 17 anos atrás, vencido pelo time do Morumbi.
Ainda na briga por uma vaga nas semifinais do torneio estadual, o time de Muricy Ramalho sabe que não pode deixar de vencer em Bragança Paulista se quiser seguir na competição.
E mesmo com o rival do interior não correndo o risco de ser rebaixado no próximo ano, ou podendo brigar por uma vaga no G-4, o treinador são-paulino entende que a partida não será fácil.
“O fato de o Bragantino não brigar mais não muda nada, será um jogo duro, pois são profissionais que querem mostrar trabalho e podem ser observados por empresários”, comentou Muricy, que terá no jogo os retornos dos volantes Richarlyson e Hernanes, que estavam com a seleção brasileira.
Um das preocupações Muricy, aliás, é a altura dos jogadores do Bragantino. “Eles têm jogadores muito altos, mas a gente também tem o Adriano. E em jogo assim, talvez o melhor seja jogar pelo chão”, comentou.
Se prezar pelo toque de bola, Muricy deve escalar o meia Carlos Alberto novamente no time na vaga do atacante Dagoberto, uma vez que o treinador não gosta da atuar com um trio ofensivo.
Na zaga, Muricy terá problemas novamente. Sem Juninho, com uma lesão no joelho, o técnico são-paulino vê mais uma vez na obrigação de improvisar um jogador no setor.
Assim, Zé Luis ou Richarlyson devem ser as opções para a posição, ao lado de André Dias e Miranda, com Hernanes e Fábio Santos na contenção.
“A gente tem as duas maneiras de jogar com dois e três zagueiros. Se for com três, O Zé deve ir improvisado porque não tem outro, mas vamos escolher a melhor maneira. A posição que o Richarlyson conhece bem é pelo lado esquerdo do campo. Vamos ver tudo isso com carinho”, explicou o treinador.