Já com o dente que Domingos havia lhe arrancado com uma cotovelada na véspera, Kléber Pereira acabou com a fase de gols desperdiçados e anulados na noite desta quinta-feira, na Vila Belmiro. O centroavante marcou duas vezes e deu uma assistência para Wesley também anotar o seu na vitória do Santos por 3 a 1 sobre o Guarani. Paulo Santos descontou de pênalti.
Com o resultado, o Santos passou a somar os mesmos 11 pontos de Paulista, Sertãozinho e Juventus e deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Paulista. O Guarani continua lá, na antepenúltima colocação com 10. No domingo, o Peixe tentará embalar em casa contra o Ituano, enquanto o Bugre buscará a reabilitação diante da Portuguesa, outra vez como visitante.
O jogo – O confronto desta quinta-feira começou aberto na Vila Belmiro. Embora com formação mais cautelosa, o Guarani encontrava espaços para contra-atacar o time da casa. Sem competência, é verdade. Não que o Santos encantasse com seus três atacantes, mas já era muito mais envolvente do que nas rodadas anteriores.
Wesley e Trípodi movimentavam-se bastante, oferecendo boas opções ao pouco criativo mas muito esforçado Molina. O primeiro gol do Santos, no entanto, não contou com participação de nenhum dos três. Aos 16 minutos, Denis lançou na área e Kléber Pereira atirou-se para chegar antes na bola e chutar no contrapé de Gisiel: 1 a 0.
O gol animou o centroavante, que havia desperdiçado outros tantos nos últimos jogos e perdido um dente em trombada com Domingos na quarta-feira. Dois minutos depois de marcar, Kléber Pereira fez fila na entrada da área e passou a bola para frente. Wesley e Trípodi ainda tentaram completar a jogada, porém sem sucesso.
A pequena torcida santista que estava na Vila Belmiro já vibrava como poucas vezes pôde fazer no ano. Passados alguns minutos, contudo, o Santos diminuiu o ritmo. Suas jogadas ofensivas, agora, resumiam-se a dribles pouco objetivos de Wesley, que errava muitos passes, e a fracas finalizações de Trípodi. A sorte era que o Guarani seguia apático.
Sob gritos de Leão à beira do gramado, o Santos voltou à carga. Aos 46 minutos, Rodrigo Souto conseguiu dominar a bola na entrada da área e lançou Kléber Pereira na direita. Desta vez, o centroavante passou rasteiro para o meio, onde Wesley conferiu livre de marcação. O jovem correu, quase foi às lágrimas e desabou no gramado.
Mas a alegria pelo bom resultado parcial não impediu que muitos torcedores fizessem mais coro pela demissão de Leão no intervalo. Se o técnico santista já tinha motivos para diminuir seus críticos, a preocupação do estreante Jair Picerni aumentava. Ele resolveu começar o segundo tempo com Andrézinho e Jônathas nos lugares de Fábio Pinto e Roque.
As modificações surtiram efeito. Aos sete, Juliano fez boa jogada em cima de Adaílton, cruzou prensado e acertou o travessão. Três minutos depois, Marcinho Guerreiro segurou o xará Marcinho dentro da área. Pênalti. Irritado, Leão não reclamou do árbitro, mas chutou todos os copos d’água próximos de si. Paulo Santos cobrou com força e descontou.
Apesar do bom momento no início do segundo tempo, o Guarani não tinha forças para pressionar o Santos, que se reencontrou em campo. Ainda assim, Leão fez duas substituições em seu time. O colombiano Molina, bastante aplaudido, deu lugar ao novato Paulo Henrique. Já Wesley, machucado, saiu para a entrada do equatoriano Quiñonez.
Picerni tentou a última cartada, substituindo Lucas por Henrique. Não deu certo. Aos 29 minutos, Kléber Pereira acabou com as esperanças do Guarani de, ao menos, conseguir o empate. O centroavante entrou na área, desvencilhou-se da marcação, driblou o goleiro e completou para as redes. Estava selada a volta por cima dele e do Santos no Campeonato Paulista.