A temporada mal começou e Muricy Ramalho já tem com o que esquentar a cabeça: a defesa. Dos cinco zagueiros do elenco são-paulino, apenas três têm condições de jogar: André Dias, Alex e Miranda – Alex Silva ainda se recupera de cirurgia no joelho e o recém-chegado Juninho, que sofreu um entorse no tornozelo direito e ficará de molho por até 3 semanas, não têm condições de entrar em campo. Resultado: falta gente. Ainda mais para uma equipe que adota o esquema 3-5-2.
Neste domingo, diante do Rio Preto, por exemplo, todos estarão em campo. No banco de reservas, Muricy não terá nenhum outro especialista da posição. Se a defesa sofrer qualquer problema durante jogo, o chefe terá de improvisar. E até encontrar um “quebra-galho” não será fácil.
Afinal, o primeiro da lista que poderia exercer a função em caso de emergência também não joga. O volante Richarlyson foi expulso na estréia do São Paulo no Campeonato Paulista e cumprirá suspensão.
“Esse é o meu maior problema: a expulsão do Richarlyson, já que ele pode jogar também de zagueiro”, admite o treinador, que ainda não engoliu a jogada que tirou Juninho da partida contra o Guaratinguetá.
“O Juninho sofreu uma entrada duríssima e vai ter que ficar muito tempo parado. O carrinho até ficou barato para ele. Era para ter quebrado a perna dele. E o juiz não fez nada. Nem parar a jogada ele parou, quanto mais dar cartão”, desabafou, irritado.
Muricy Ramalho descartou a possibilidade de recorrer a algum garoto das categoria de base. Aqueles que não estão com o São Paulo nas quartas-de-final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, treinam para integrar o elenco que será mandado para a África do Sul no fim do mês, para jogar uma série de amistosos – caso de Aislan, de 19 anos, que anda na mira de potências da Europa sem nem ter jogado no time profissional do São Paulo.